quarta-feira, janeiro 28, 2009

Quanto vale a sua dignidade?


Quando criança, aprendi que o que não era meu, era dos outros. Tive ótimos exemplos da minha mãe, a qual não ficava com absolutamente nada do que não era dela esforçando-se para encontrar o dono de alguma coisa que tivesse achado, ou quando deixavam com ela, por esquecimento ou não.


Desde criança tenho comigo essa lição, e venho praticando o que costumam chamar de "babaquice", devolvo o que acho, procuro o dono do que quer que seja que eu tenha achado, procuro ajudar as pessoas. E isso não é demagogia, o pior de tudo é que sou assim mesmo!
Pois, talvez por esse histórico, sempre me indigno com atitudes contrárias. Não consigo entender o que leva uma pessoa a ficar com o que não é dela, ainda mais quando o "proprietário" do objeto, ou pertence, dinheiro, seja o que for, está por perto.


Sou uma pessoa desastrada, distraída... Ok, ok, sei que parece que mudei de assunto, mas não! Não tenha pressa! =P

Como dizia, sou uma pessoa distraída, tenho memória seletiva e ainda por cima, para piorar, sofro de perda de memória recente. Canso de esquecer coisas, de esquecer atividades e etc.
A semana passada esqueci/perdi meu celular. Estava tentando me recuperar do choque, já que não sei se perdi, se esqueci ou se me roubaram. Nem onde, nem quando, nem por que. Absurdo!


Absurdo?

Ontem fui ao banco sacar dinheiro. Devido a quantia de que precisava, saquei numa máquina R$5.00 (CINCO REAIS), para tirar o restante na outra. Essa confusão de disponibilidade de notas. Mas, enfim... Saquei esses cinco reais, mas fui interrompida na hora em que a máquina liberaria a nota. Uma moça veio me pedir informações, passei as informações por que sou prestativa, sempre trabalhei com público, não consigo perder esse hábito. Depois, fui para a outra máquina retirar o restante do dinheiro. Quando fui retirar as notas, dei-me por conta de que não estava com a tal da nota de "R$5". Fui até o outra máquina, mais 3 pessoas habitavam o espaço no banco, o qual já estava fechado. Falei em voz alta: "Esqueci de pegar uma nota de 5, ficou no caixa...".

Eu já deveria saber, mas sempre espero por pessoas dignas nesse mundo. Para minha surpresa, ninguém se manifestou. Ficaram em silêncio quando viram a nota, mesmo sabendo que só havia mais 2 pessoas ali; ficaram em silêncio quando eu falei que a nota era minha. A decepção foi tamanha que saí do banco deixando esses miseráveis para trás.

Depois, pensando novamente no meu celular, e na pouca vergonha que havia se passado no banco por conta de R$5,00 (cinco pila), senti-me na obrigação de escrever alguma coisa a respeito. Por que não é possível que as pessoas não se dêem conta de que cinco reais podem não fazer falta, mas se não é delas, é de alguém. São míseros cinco reais, mas, mais miseráveis são aqueles que vendem a sua dignidade por "cinco pila".
Eu estava lá, eu sabia que era um deles, eu sei que eles não valem cinco reais. Não sei por quanto reais venderia a minha dignidade, o melhor seria até cobrar em Euros, que está em alta. Mas, de uma coisa tenho certeza, por cinco pila? Ahh não, é certo que válio um pouquinho mais do que isso.


E por falar em "válio", será que esse acendo ainda vale alguma coisa?- Bom, ainda estou devendo algo sobre essa polêmica reforma. Mas, hoje não. Deixa eu chorar pela miséria do mundo, só mais cinco minutinhos!!=)

quinta-feira, janeiro 08, 2009

POEMA NO ÔNIBUS




POEMA NO ÔNIBUS
Se poema no ônibus é poesia, não quero mais ser poeta.




E é assim que inicio oficialmente 2009 no meu blog.
Eu tenho certo receio de fazer críticas a arte, música, cinema, poesia, uma vez que parece que sempre são os ditos "especialistas" que parecem ter sempre razão.

Ora! Mas, posso me considerar uma especialista, afinal, já andei tanto de ônibus... E mais, tenho o hábito de ficar lendo tudo que aparece a minha frente, principalmente se estiver "presa" em algum lugar sem muito que fazer. Às vezes, confesso, fico curiosa com alguns desses "escritos". Odeio quando colocam perto da porta de saída, só o vemos quando vamos descer. Eu ainda tento atrasar o desembarque do coletivo para terminar de ler, quase sempre saio xingando o maldito que escreveu a porcaria e também o cara que selecionou o dito "poema" e o colocou no ônibus.

Mas, enfim... Com isso, já li tanto poema no ônibus, o suficiente para ser uma especialista. Talvez não uma especialista técnica, mas como leitora. Para esse post já serve.

Hoje, quando voltava do trabalho, de ônibus, é claro, deparei-me com tamanha bobagem que ali mesmo, no ônibus, formulei um micro conto, o qual se encontra no início desse post.
(*Ai que saudades das aulas da Lia).

Saudosidades a parte, senti-me ofendida com aquele dito "poema". Tudo bem que a arte permita certas extravagâncias, mas um pouco de bom senso sempre cai bem! Não que o texto se utilizasse de palavras de baixo calão, racismo, preconceito ou qualquer coisa desse gênero, pelo contrário, era como a maioria deles: não dizia nada com nada.

Se alguém souber onde assino para protestar contra esses cartazes, avise-me que prontamente assiná-los-ei!!!
Em pensar que minha amiga querida já tentou colocar um dos seus belos poemas no ônibus e eles nunca foram aceitos. Ela até ficou um pouco decepcionada, mas hoje, acho que foi melhor assim, foi até um elogio para ela, sinal de que os poemas dela eram bons demais para ficar rodando num ônibus fedido e lotado!

Feliz 2009! :D

*** Texto escrito nas regras antigas, outra hora comento sobre a correção ortográfica.

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