"I'll pray
for this heart to be unbroken
But without you all I'm going to be is incomplete"
Talvez a volta do Suspensa no Espaço esteja mais próxima e transformada do que nunca.
=/
Livros, séries, músicas, Indie Rock!, games, Doctor Who! e outras coisinhas, nerds ou não.
domingo, março 22, 2009
segunda-feira, março 16, 2009
Naquele dia, chegou cansada, diferentemente dos outros dias, entrou no prédio lentamente, observando cada detalhe do portão de entrada, até a fechadura da porta lhe pareceu diferente. Subiu as escadas, achou melhor do que pegar o elevador e acabar encontrando alguém, ter de conversar sobre assuntos corriqueiros e sem importância.
Foi subindo degrau por degrau, e a cada passo, pensava em toda a sua vida, o seu longo caminho até ali. A cada estágio da sua vida via seus erros, seus enganos, a sucessão de erros e enganos que a levaram a única coisa de concreta que já tivera em todos esses anos. Mas, ao contrário do que se possa imaginar, não se importou com nada. Pensou também a respeito dos seus grandes feitos, aqueles dos quais deveria se orgulhar, mas não foi isso o que aconteceu, apenas passou por todos eles importando-se nem mais nem menos do que com aqueles degraus que agora subia.
Chegou em casa, onde deveria ser o seu porto seguro, o seu "lar doce lar". Nem mesmo um cão de pelúcia para notar a sua chegada. Nada, nem insetos. Largou a chave sobre o móvel próximo a entrada e bateu a porta as suas costas, entrou largando suas coisas, despindo-se de todos os problemas e inconveniências que tiraram a sua paz naquele dia. Deitou-se na cama meio atravessada, ficou olhando para o teto, no apartamento ainda escuro, via apenas um feixe de luz que entrava pela fresta da persiana que costumava deixar semi aberta para ventilar o ambiente ao longo do dia.
Depois de algum tempo observando aquele feixe de luz oscilando devido ao reflexo dos faróis dos carros que passavam, levantou-se, despi-se e foi para o banheiro. Dificilmente pensava nessa hipótese, o cansaço costumava ser tanto, que caia na cama e acordava no dia seguinte, já saía para o recomeço do seu dia fatigante. Mas, aquela noite, bom, naquela noite havia algo de diferente. Acendeu a luz, fechou a porta, ligou as torneiras da banheira e ficou a observar o seu rosto no espelho, foi perdendo a consciência propositalmente, enxergando seu rosto desfigurado no espelho parecia se sentir mais a vontade.
Despertou desse transe com o barulho da água que transbordava da banheira. Sem se apressar foi até as torneiras e fechou-as lentamente. Acariciou a água que estava no seu estado mais tenso até rolar livremente pelo chão e sentiu inveja da capacidade da água de ser resistente ou maleável, de acordo com a necessidade. Há muito que não sabia ser assim, sequer lembrar quando pôde fazer algo parecido.
Mediu a temperatura da água, depois de certificar-se de que seria mesmo uma boa idéia, mergulhou um pé, depois o outro. Por alguns segundos divertiu-se com o som da água sendo derramada, foi descendo o corpo lentamente apoiando-se nas bordas, até que sua cabeça ficasse por completo submersa, depois colocou os braços descansando ao lado do corpo, soltou todo ar que tinha em seus pulmões e repousou por todo o tempo que poderia suportar sem respirar.
Quando não podia mais suportar, levantou apenas a cabeça, a fim de poder pegar ar na superfície e mergulhou novamente. Abriu os olhos e ficou observando o ambiente distorcido, os sons modificados, a falta de ação percebida estando mergulhada naquele fluido. Repetiu o exercício de buscar ar e mergulhar novamente por diversas vezes, até cansar...
Então, levantou-se, vestiu o seu roupão. Sem muita cerimônia, deitou-se na cama, ligou a TV no canal mais parado possível, volume quase imperceptível, abraçou um travesseiro.
Adormeceu.
Foi subindo degrau por degrau, e a cada passo, pensava em toda a sua vida, o seu longo caminho até ali. A cada estágio da sua vida via seus erros, seus enganos, a sucessão de erros e enganos que a levaram a única coisa de concreta que já tivera em todos esses anos. Mas, ao contrário do que se possa imaginar, não se importou com nada. Pensou também a respeito dos seus grandes feitos, aqueles dos quais deveria se orgulhar, mas não foi isso o que aconteceu, apenas passou por todos eles importando-se nem mais nem menos do que com aqueles degraus que agora subia.
Chegou em casa, onde deveria ser o seu porto seguro, o seu "lar doce lar". Nem mesmo um cão de pelúcia para notar a sua chegada. Nada, nem insetos. Largou a chave sobre o móvel próximo a entrada e bateu a porta as suas costas, entrou largando suas coisas, despindo-se de todos os problemas e inconveniências que tiraram a sua paz naquele dia. Deitou-se na cama meio atravessada, ficou olhando para o teto, no apartamento ainda escuro, via apenas um feixe de luz que entrava pela fresta da persiana que costumava deixar semi aberta para ventilar o ambiente ao longo do dia.
Depois de algum tempo observando aquele feixe de luz oscilando devido ao reflexo dos faróis dos carros que passavam, levantou-se, despi-se e foi para o banheiro. Dificilmente pensava nessa hipótese, o cansaço costumava ser tanto, que caia na cama e acordava no dia seguinte, já saía para o recomeço do seu dia fatigante. Mas, aquela noite, bom, naquela noite havia algo de diferente. Acendeu a luz, fechou a porta, ligou as torneiras da banheira e ficou a observar o seu rosto no espelho, foi perdendo a consciência propositalmente, enxergando seu rosto desfigurado no espelho parecia se sentir mais a vontade.
Despertou desse transe com o barulho da água que transbordava da banheira. Sem se apressar foi até as torneiras e fechou-as lentamente. Acariciou a água que estava no seu estado mais tenso até rolar livremente pelo chão e sentiu inveja da capacidade da água de ser resistente ou maleável, de acordo com a necessidade. Há muito que não sabia ser assim, sequer lembrar quando pôde fazer algo parecido.
Mediu a temperatura da água, depois de certificar-se de que seria mesmo uma boa idéia, mergulhou um pé, depois o outro. Por alguns segundos divertiu-se com o som da água sendo derramada, foi descendo o corpo lentamente apoiando-se nas bordas, até que sua cabeça ficasse por completo submersa, depois colocou os braços descansando ao lado do corpo, soltou todo ar que tinha em seus pulmões e repousou por todo o tempo que poderia suportar sem respirar.
Quando não podia mais suportar, levantou apenas a cabeça, a fim de poder pegar ar na superfície e mergulhou novamente. Abriu os olhos e ficou observando o ambiente distorcido, os sons modificados, a falta de ação percebida estando mergulhada naquele fluido. Repetiu o exercício de buscar ar e mergulhar novamente por diversas vezes, até cansar...
Então, levantou-se, vestiu o seu roupão. Sem muita cerimônia, deitou-se na cama, ligou a TV no canal mais parado possível, volume quase imperceptível, abraçou um travesseiro.
Adormeceu.
sexta-feira, março 06, 2009
Não procures em mim algo que lhe seja familiar
Não procure em mais ninguém
Aquilo que um dia foi seu
A minha vida e o que sou
Não podem ser comparados com nada que você conheça
Ou ainda, com o que você espera
O mundo é tão grande, e nossos sonhos tão pequenos
Por que não percebemos a tempo?
É como querer saber por que o tempo voa
Por que ele passa por nossas vidas
Levando-nos aquilo que tanto queremos
Deixando-nos tantas desilusões
Tamanhos aprendizados que
Passado algum tempo, já não nos serve para nada
Voltamos a nos debater com as mesmas questões
Lá estamos, mais uma vez,
Atrás daquilo que, sabemos, não podemos ter
Já que tudo é tão fulgaz
Já que nada pode ser como era
Já que nem eu mesma posso me considerar a mesma
Já que os tempos são outros
E o mundo mudou comigo
Está na hora de abrir meus olhos
Encarar a escuridão temporária causada pelo excesso de luz
Abrir os braços, inspirar tudo a minha volta
Expirar tudo que já não me serve
Soltar os sonhos, apreender os medos
"A vida nos ensina" - Todos já ouvimos isso
Pois que venha a vida
Que me invada e me faça crescer
Estou pronta, ansiosa, procurando por isso
Mais uma mudança deve vir
Já não posso me assustar com as lágrimas
Que venham elas também
Minha vida é outra e não posso sentir como antes
Tudo se foi, muito deve vir
Por que todos os espaços se preenchem
E somos nós quem os escolhemos como eles serão preenchidos
Então está decidido, escolhido, está certo:
Estou aqui e nada pode mudar o que aí está
Que venham tudo e todos, pois aqui estou
Só não procure em mim algo familiar
Me aceite como eu sou, entenda que sou o que devo ser
O que cabe a mim ser, o que enfim serei.
---
Saudades do Suspensa no Espaço!
quarta-feira, março 04, 2009
Formatura da Maluca!
Sábado, 04 de março de 2009.
Depois de uma noite de viagem, cheguei, finalmente à Rua das Acácias, na "Pousada das Princesas". Nomes lindos, não? Dez minutos depois de ter entrado e conversado com a Joyce, a responsável pelo lugar, já estava de pijamas, dormindo feito um bebê!
Acordei por volta do meio dia e fui passear pelo bairro da Carvoeira, nunca vou me acostumar com esse nome, dei a volta ao mundo universitário da UFSC e fui parar no "Pantanal", curiosamente numa lan house, a mesma lan house que havia passado com a Marisa na outra viagem. Ansiosa por encontrar um "novo amigo" que pudesse ter me adicionado, ou pelas novidades do "Cherry". Mas, não, apenas o Soviético online, e o meu blog esperando por uma novidade. Foi então que publiquei o post anterior.
Restava então ir para "casa", dormir mais um pouco e depois me preparar para a grande celebração: a formatura da Isa! \o/
As 19h30 lá estava eu no Centro de Eventos assistindo ao momento mais importante de mais de 100 pessoas!!! Inacreditável, mais de 100 pessoas estavam se formando junto com a Marisa. Profissionais de Letras, licenciados, bacharéis e secretários executivos. A cerimônia foi legal, como já era de se esperar, em três momentos: quando a Isa entrou, depois quando ela pegou o canudo, e por fim, quando o reitor anunciou o fim da cerimônia!
Depois dos "clicks", o Baile!!!!
Estava muito ansiosa por esse baile, mas antes ainda fomos jantar... E senta que lá vem mais história: quantas pessoas, afinal, cabem num Kadete? Hahaha Muito mais do que se espera, podem acreditar. Depois de lotar o carro de uma chilena pra lá de simpática, jantamos.
Mas, o baile!!! Sim, o circo estava formado quando chegamos ao baile. E me senti como naqueles bailes que assistimos nos filmes americanos, uma banda tocando clássicos e meninas de "longo" e meninos de terno e gravata circulando para lá e para cá.
---
Seis anos depois, encontro esse post perdido nos rascunhos do blog e me pergunto "Porque não postei?". Houve, e ainda há, momentos em que tenho tantas ideias que acabo por não postar textos prontos, como esse, por achar que precisam de mais um retoque.
Sobre o baile, acabou antes do esperado para a Marisa e eu, mas também me marcou muito o dia seguinte. Passei mais tempo com os pais queridos da "Maluca" e foi muito divertido.
O que veio depois? Não faço a mínima ideia. Esse lance de ter textos sobre as "passagens" da vida é muito legal. Às vezes me pego lendo o meu blog relembrando situações, e até me surpreendendo com histórias sobre as quais escrevi, que pareciam marcantes e já nem me lembro.
Ah! E o post fica publicado sem foto mesmo, porque a Marsa nunca compartilhou comigo. Isso foi antes de feice, insta e whats, so...
Depois de uma noite de viagem, cheguei, finalmente à Rua das Acácias, na "Pousada das Princesas". Nomes lindos, não? Dez minutos depois de ter entrado e conversado com a Joyce, a responsável pelo lugar, já estava de pijamas, dormindo feito um bebê!
Acordei por volta do meio dia e fui passear pelo bairro da Carvoeira, nunca vou me acostumar com esse nome, dei a volta ao mundo universitário da UFSC e fui parar no "Pantanal", curiosamente numa lan house, a mesma lan house que havia passado com a Marisa na outra viagem. Ansiosa por encontrar um "novo amigo" que pudesse ter me adicionado, ou pelas novidades do "Cherry". Mas, não, apenas o Soviético online, e o meu blog esperando por uma novidade. Foi então que publiquei o post anterior.
Restava então ir para "casa", dormir mais um pouco e depois me preparar para a grande celebração: a formatura da Isa! \o/
As 19h30 lá estava eu no Centro de Eventos assistindo ao momento mais importante de mais de 100 pessoas!!! Inacreditável, mais de 100 pessoas estavam se formando junto com a Marisa. Profissionais de Letras, licenciados, bacharéis e secretários executivos. A cerimônia foi legal, como já era de se esperar, em três momentos: quando a Isa entrou, depois quando ela pegou o canudo, e por fim, quando o reitor anunciou o fim da cerimônia!
Depois dos "clicks", o Baile!!!!
Estava muito ansiosa por esse baile, mas antes ainda fomos jantar... E senta que lá vem mais história: quantas pessoas, afinal, cabem num Kadete? Hahaha Muito mais do que se espera, podem acreditar. Depois de lotar o carro de uma chilena pra lá de simpática, jantamos.
Mas, o baile!!! Sim, o circo estava formado quando chegamos ao baile. E me senti como naqueles bailes que assistimos nos filmes americanos, uma banda tocando clássicos e meninas de "longo" e meninos de terno e gravata circulando para lá e para cá.
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Seis anos depois, encontro esse post perdido nos rascunhos do blog e me pergunto "Porque não postei?". Houve, e ainda há, momentos em que tenho tantas ideias que acabo por não postar textos prontos, como esse, por achar que precisam de mais um retoque.
Sobre o baile, acabou antes do esperado para a Marisa e eu, mas também me marcou muito o dia seguinte. Passei mais tempo com os pais queridos da "Maluca" e foi muito divertido.
O que veio depois? Não faço a mínima ideia. Esse lance de ter textos sobre as "passagens" da vida é muito legal. Às vezes me pego lendo o meu blog relembrando situações, e até me surpreendendo com histórias sobre as quais escrevi, que pareciam marcantes e já nem me lembro.
Ah! E o post fica publicado sem foto mesmo, porque a Marsa nunca compartilhou comigo. Isso foi antes de feice, insta e whats, so...
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