Esse post terá foco em três temas, apresentar, a quem não conhece, a magnífica banda instrumental Pata de Elefante, relatar o nono aniversário dessa banda e ainda as impressões sobre o Bar Ocidente, o qual eu ainda não conhecia.
A Pata de Elefante é uma banda instrumental composta "oficialmente" por três apaixonados pela boa música, são eles: Daniel Mossmann (guitarra e baixo), Gabriel Guedes (guitarra e baixo) e Gustavo Telles (bateria). Dos três, o que conheço mais (musicalmente falando) é o Mossmann, já que ele toca também na Acústicos & Valvulados, banda cujo trabalho acompanho desde muito tempo.
É difícil descrever o som da Pata de Elefante, mas acho que essa é uma das características mais interessantes neles. Vê-los tocar ao vivo é impressionante, pois se nota o quão prazeroso é pra eles estar ali, o quanto gostam do que fazem e o quão bons no que fazem eles são. Notável também é a sincronia entre os músicos, o que resulta num som limpo, harmônico e muito bom. Eu nunca tive paciência com partes instrumentais de músicas, muito menos com música puramente instrumental. A Pata de Elefante mudou meu conceito acerca do tema, na medida em que são autênticos e extremamente criativos. O problema de instrumentais comuns é que são repetitivos e monótonos e o som da “Pata” passa muito longe disso.
Nove anos de banda instrumental underground e/ou alternativa, isso é demais! Ontem foi dado início a comemoração do aniversário da banda. Na próxima quinta-feira, dia 27/01 terá outro show, com convidados, que promete! Mas, voltando ao assunto, em função da comemoração, no show desta quinta, eles tocaram algumas músicas "lado B", palavras do Gustavo Telles. Eu fiquei me perguntando o que seria o "lado B" de uma banda alternativa como é a Pata de Elefante. Mas, tudo bem! Deu pra entender: por ser uma data importante, eles aproveitaram para apresentar um repertório um pouco diferente do habitual.
Eu adorei a idéia e acho que mais bandas poderiam aderir a essa idéia. Tem músicas lado B de bandas que eu curto que eu sonho ouvir/assistir tocarem ao vivo. Isso proporciona uma experiência nova pra quem curte o som. E, no mais, pode estimular a compra de CDs também. Eu me obriguei a ouvir o premiado “Um olho no fósforo, outro na fagulha" hoje pra lembrar dos bons momentos da apresentação! :)
A propósito, o show em questão foi no Bar Ocidente, espaço alternativo tradicional situado na tradicional avenida alternativa da cidade de Porto Alegre, a boa e velha Osvaldo Aranha. É um espaço alternativo mesmo, prédio velho, paredes mal pintadas, chão de taboas, um mezanino, um terraço, janelas grandes com vista para a Osvaldo Aranha e a Redenção, um arraso! Outro fator impressionante: vendem Polar, Bohemia e Heineken, quer mais o quê? :D Impressionei-me também com o tipo de lanches que vendem, nada convencionais para uma casa noturna, bem como o sistema de fichinhas para a compra das bebidas.
Fiquei no mezanino, então tive uma visão bem geral da pista e do espaço destinado a banda (sem palco). É muito agradável ver a cidade pelas janelas compondo a paisagem. Pessoas tipicamente porto alegrenses e alternativas curtindo um rock'n roll, bem típico do alternativo porto alegrense. Não vi em momento algum quem não estivesse mesmo que inconscientemente curtindo o show, demonstrando isso das mais variadas formas possíveis e imagináveis, seja balançando o pé de baixo da mesa, ou se sacudindo vertiginosamente em frente à banda! E esta última foi mesmo bizzara! :P
Resumindo: foi uma experiência ímpar curtir a “festa” com esta banda naquele ambiente, na noite de porto alegre, ainda mais na companhia certa!
;)
#DICA - Clipe da música "Soltaram"
#DICA - Clipe da música "Soltaram"