Estudando política, comunicação social, relações públicas e teoria crítica, tudo ao mesmo tempo, e ainda analisando o comportamento das pessoas nas redes sociais mediadas pelo computador, fica difícil a pessoa não pirar... E nem falo do "pirar" de tanto estudar. Não, longe disso. A pessoa pira quando descobre que a comunicação na política precisa ser estratégica. Falando assim parece grande e muito importante. Mas comunicação requer o feedback, e os políticos pouco se importam, "detestam" saber das necessidades do povo. Não bastasse isso, ouço a doutora em comunicação e em política dizer que no fim, o que direciona mesmo as ações é a política (...)
Na comunicação social se aprende sobre organizações não governamentais, das necessidades de profissionalização, de apoio, de voluntários, de se perguntar... Mas quando fazemos as perguntas (...)
Nas relações públicas, hora se aprende que a área gerencia a comunicação, depois descobre que a comunicação não pode ser gerenciada... Que as organizações precisam das relações públicas para se relacionar com seus públicos, que precisa da comunicação institucional, valorizar a marca, pensar no desenvolvimento humano. Mas o que se vê por aí é o mercadológico e o "dane-se" às pesquisas e aos interesses das pessoas, contanto que vendam, e o que os clientes comprem. Faz ali um barulho, uma promoção, assim parece que fazemos marketing (...)
Já na teoria crítica, vê-se que pouco se critica, porque quase nada se reflete sobre coisa alguma. Penso que muito se reflete sobre as coisas não tão importantes. A quem interessa discutir se a arte gera reflexão dessa ou daquela maneira. De que adianta intelectuais preocuparem-se em saber se uma ou outra crítica entende melhor o que é arte? Pensando sobre como a arte não ajuda na transformação social, enquanto poderia produzir arte reflexiva ou quem sabe sair da teoria e partir logo para a prática, pois o mundo está virado.
E em meio a isso tudo, resolvi criticar a nobre e adorada cultura gaúcha, nas vésperas do "20 de setembro". A Semana Farroupilha é só mais um motivo para comemorar a grandeza de um povo, curioso é que ela foi uma guerra sangrenta e em vão. Mas disso ninguém fala.
Ninguém fala também de como o gaúcho ama o campo, os animais, e come todos eles, assadinhos, um ao lado do outro, em quantidades desnecessárias, tudo para exibir a sua grandeza. Somos um povo politizado, culto e educado. Por isso elegemos Ana Amélia Lemos, Mano Changes, Paulo Borges, Manuela (e aí, beleza?) e o gremista Danrlei; destruímos patrimônios culturais; e jogamos lixo seco nos containeres de lixo orgânico, quando não moramos dentro deles, ou colocamos fogo.
E olha que escrevi esse texto antes de ver os TT's #Rsmelhoremtudo – Somos melhores na arrogância, disso não tenho dúvidas.
A ideia era falar de tudo e de nada, só desabafar um pouco. Mas, falando sério... “Não basta pra ser livre, ser forte aguerrido e bravo; Povo que não tem virtude; Acaba por ser escravo”
Bah eu gosto de ser daqui. Onde o céu é mais azul e onde tem o pôr do sol mais sensacional!