segunda-feira, março 30, 2015

New Politicians: Post punk para engrossar a lista do tal indie rock!

Volta e meia estou tagarelando no Twitter sobre música, sigo muitas bandas pra saber o que está acontecendo e, talvez porque essa seja mesmo uma boa utilidade do Twitter, com muita frequência fico sabendo de novas bandas, por elas mesmas. Explicando: algumas bandas alternativas, muitas de de indie rock, usam esse canal não apenas para enviar spam, o que é chato pra caramba (se você tem uma banda, por favor, não faça isso), mas também para interagir ou seguir as pessoas, o que é bem legal.

Uma tática que funciona com pessoas curiosas como eu. Quando uma banda me segue, costumo visitar o perfil e dar uma espiada no site, ouvir o tipo de som que ela faz e etc. Bem, muitas vezes a banda é ruim ou de um estilo que não me agrada. Mas, às vezes tenho boas surpresas, como a de hoje, quando fui seguida pela "New Politicians".

Ao checar o perfil no Twitter, site da banda, e Spotify, vi que a banda é boa. Se acessarem o Twitter deles vocês vão ver os comentários das pessoas. Algumas delas os comparam com Joy Division, e eu acrescentaria aí o Interpol. Sim, porque essas três bandas têm em comum a classificação de pós-punk (ou "post-punk"), considerado mais introvertido, complexo e experimental do que o punk rock.

O estilo teve origem na Inglaterra, é claro, mas influenciou a música do mundo inteiro. Isso explica porque tantas bandas parecem britânicas, e agente custe a acreditar que sejam de cidades como NY, ou de Copenhagen. No Brasil temos Renato Russo, que simplesmente amava o estilo, e a Joy Division, e isso fica bem claro quando se ouve os trabalhos dele, principalmente o álbum solo.

Mas, eu prefiro não me apegar a essas classificações. Afinal, existe só dois tipos de música: a boa e a ruim, e tudo isso está relacionado com o gosto de cada um, que é particular demais pra se encaixar em "tipos" tão bem determinados. O estilo de música que eu ouço varia de acordo com o meu humor, e tem que ser boa, tem que me "tocar". E nesse bolo minha playlist fica sempre inundada de variados tipos de som, bandas e "categorias".

Como eu não sou muito do tempo do Joy Division, não sou fã da banda, conheço muito pouco [Aliás é por isso que gosto mais da versão de The Killers pra Shadow Play, o que faz os fãs de JD ficarem indignados! haha].

Voltando à "New Politicians", eles têm essa influência (assumida) no pós punk (inglês), lembra bandas do mesmo "estilo", mas é original com "indie songs" pra ninguém botar defeito.  Por isso fiz questão de compartilhar a descoberta e dizer que vale a pena conferir. Quem curte rock alternativo volta e meia sente necessidade de ouvir coisas novas, e quando se procura por playlists de indie rock nesses aplicativos ou sites (ditos) especializados, o que se encontra é mil bandas fazendo sempre a mesma coisa.

O único ponto negativo que eu percebi na New Politicians é que eles têm apenas 7 músicas, por enquanto. Espero que isso mude em breve. O mundo precisa de bandas novas, de bandas boas como essa!

Quer ouvir/ver um pouco mais, assiste o vídeo aí:



PS: E eu que adoro buscar semelhanças... reparem na semelhança do álbum deles com a do "The boy with no name" do Travis! Outra banda que, se tu não conhece, não sabe o que está perdendo! :P 

sexta-feira, março 13, 2015

Gerard Way e seu Hesitant Alien

Só hoje, quase seis meses depois do lançamento, parei pra ouvir com calma o álbum de lançamento da carreira solo de Gerard Way (My Chemical Romance) o famigerado "Hesitant Alien". Estava pensando em resumir minha avaliação num tweet, mas não me contive, e aqui estou: quebrando o silêncio de meses no blog pra falar de música. Mas não de qualquer tipo de música, e sim daquele estilo que 50% da população desconhece, e uns 49% que até conhece, despreza.

Gerard Way "fechou" o My Chemical Romance, foi se dedicar aos quadrinhos, sua paixão, mas não por muito tempo. Os fãs da banda não o deixaram, e parece que a ligação com a música também não. Daí, em vez de ligar pra galera e tentar reunir a banda, ele resolveu lançar um projeto solo. Eu curto alguns álbuns do MCR, eles têm músicas geniais, incríveis e coisa e tal. E odiei a ideia desse projeto solo desde o início.

E o resultado, esse tal de Hesitant Alien, a primeira ouvida, lá em setembro, bem como a comunicação nas mídias digitais que o Gerard iniciou me deixou meio desconfiada. Não gostei! Mas os fãs estavam todos lá, vibrando, e vieram os shows. E veio o personagem "Lola + G", uma simpatia de urso cor de rosa. Nunca fui buscar a origem disso, nem sei direito pra que serve, mas a Lola é um show de simpatia no Twitter, interage com os fãs e coisa e tal.

Mas, vamos ao som! Afinal era pra isso que serviria esse texto. Pode-se dizer que esse álbum revela um Gerard Way Mega Indie, se cortarmos "Millions" da lista. Essa música em especial é meio boba. E quando eu estava torcendo o nariz pra essa carreira solo, ela apareceu e eu tive certeza de que não valeria a pena. MAS, por sorte o álbum tem 11 músicas, e as outras são bem mais interessantes. Action Cat (minha preferida), Zero zero, No shows... São legais.

Entretanto, vale lembrar que de som indie o mundo está cheio, e todos meio que se parecem. Isso, por si só já seria um ponto negativo. O estilo indie é meio repetitivo em Hesitant Alien, trás pouca singularidade. Além disso, o mais legal da "personalidade até então conhecida" do Gerard Way era a voz, ele sempre foi muito competente nisso com o "My Chem", e isso ficou de lado pra atender esse estilo indie de voz desfocada, perdida em ruídos. E foi algo que me chateou um pouco.

O que esperava era um pouco de rock, um pouco da gritaria e das melodias dos tempos de My Chem - como em Juarez (faixa 7). E o que veio foi algo novo e bem diferente. Não é ruim, e estou ouvindo o álbum pela terceira vez. Mas, é inevitável a comparação.

Esse prazer de ouvir um pouco do My Chemical Romance está no álbum do Frank Iero, sobre o qual, talvez, eu venha a escrever depois. O projeto Frank Iero and the Cellabration é incrível e merece atenção!

Pra encerrar, deixo o áudio oficial de Action Cat e, pra não desmerecer o trabalho, uma apresentação ao vivo da música, que mostra como o Gee consegue ser bom apesar do tempo! :´D

Ao vivo!

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