sábado, maio 07, 2016

Já saiu Hitch, o novo álbum da The Joy Formidable!

Foi em novembro de 2014 que conheci a The Joy Formidável, banda sobre a qual falei aqui no blog, e que chamei de A Formidável Descoberta. Cerca de dois anos depois, e com o lançamento do novo álbum Hitch, posso dizer que todo dia se descobre algo mais nessa banda de rock alternativo, vinda lá do North Wales.

A motivação para ouvir mais dessa banda veio da indicação de um quadrinista talentosíssimo, Shaun Simon (que conheci ao ler a The True Lives of The Fabulous Killjoys). Um dia qualquer ele postou no Twitter que Forest Serenade o estava inspirando numa manhã de trabalho. Em busca de inspiração, fui para o Youtube e fiquei maravilhada com esta música e, em seguida, com a banda. (Interessante mesmo é ver que anos depois eu tenha isso tão mais claro na minha cabeça, a ponto de dar detalhes que no post em que conto o descobrimento faltaram. Vi inclusive que a música de apresentação à banda está errada no post, eu sou demais!).



Enfim, o que me interessou pela The Joy Formidable foi a delicadeza e a qualidade harmônica e das melodias nas músicas. Era, e ainda é, surpreendente como o caos se transforma em algo tão bonito e envolvente (é importante explicar antes de resenhar o novo álbum, vai fazer sentido!). O único problema que eu via na banda era a falta de músicas novas, porque eu ouvia muito sempre as mesmas, e sempre tinha essa curiosidade de ver como seriam as próximas.

Foi então que eles anunciaram o lançamento de Hitch, elencando como primeiro single a faixa "The Last Thing on My Mind", que causou uma estranheza de cara por conta do clipe principalmente, mas também pela diferença da melodia. Os riffs de guitarra da Ritzy, o baixo marcante, aquela voz linda ainda estavam lá, mas... "Bom, vamos ver como será a composição inteira dessa obra", pensei comigo. E isso explica porque o álbum lançado no início de 2016 está sendo comentado só agora.

E o álbum veio, e li alguns comentários negativos, e eu o ouvi e, fiquei perplexa. Exceto por marcas muito características, parecia outra banda. Estranhei muito. Então, logo lembrei da decepção com O novo álbum do Coldplay: "A Head Full Of Dreams", e deixei esse assunto de lado. Coloquei o álbum no MP3, em seguida salvei no Spotify, e fui ouvindo. Às vezes sem prestar muita atenção, e em outras percebendo cada detalhe. E esse exercício foi muito bom!


E lá vem mais fabulosas descobertas!

Hitch não é ruim, é diferente. E demonstra algo que os fãs da banda vêem o tempo todo nos seus integrantes: a dedicação e o perfeccionismo, a busca pela perfeição e pela diversão. À primeira vista, um álbum mais introspectivo, para alguns, sonolento - mas, discordo totalmente pois ele não tem nada de monótono, muito pelo contrário.

Hitch é feito de detalhes, melodias atmosféricas, as letras estão mais acessíveis. O novo álbum é delicado e intenso, trás novidades musicais para a banda que considero, agora, uma evolução. Resultado de um provável amadurecimento da Joy Formidable. Tem singles prontos para tocar em rádio e popularizar a banda, tem material para deixar os fãs arrepiados e a perfeição e o divertimento estão presentes em cada nota.

Estou apaixonada, e já ouvindo sem parar!
Essa é uma característica que eu amo com base na seguinte tese: quando tu ouve uma música e gosta logo de cara, normalmente essa música tem potencial chiclete e tu vai enjoar em pouco tempo. Letras e melodias fáceis demais são muito chatas. Quer exemplos? Somebody Told Me (The Killers), Vertigo (U2), Last Kiss (Pearl JAm). Três bom exemplos de músicas excelentes e irritantes. (Sou fã das três bandas, e portanto tenho o direito de falar mal se eu quiser! :P) Sendo assim, The Joy Formidable arrasou com Hitch.

E como esse post pretende ser um review, resenha, ou algo que o valha, precisa de um faixa a faixa, que como de costume será comentado brevemente se realmente achar necessário!

Hitch Faixa a faixa:

1. "A Second in White"
- Forte, do tipo que arrepia!

2. "Radio of Lips"
- Segue a linha de "A Second in White" e está sutilmente (ainda) ligada aos trabalhos anteriores da banda. Sacia a vontade de música nova pra quem começa a ouvir o "álbum novo", mas já vai mostrando algo novo.

3. "The Last Thing on My Mind"
- Divertida! E divertidamente vai mostrando algo novo, que causa estranhamento e surpreende. Ainda mais com um clipe desses!



4. "Liana"
- Estranha (pela melodia aparentemente corriqueira no refrão) e gostosa de ouvir (devido
aos trechos instrumentais, muito baixo, guitarra linda, perfeita).

5. "The Brook" 
- Daquele tipo inspirador, melodia linda, a cara da Joy Formidable.

6. "It's Started"
- Introdução com solo de bateria, louca e divertida como o Matthew, seguida da guitarra e com a entrada triunfal do baixo. É linda!

7. "The Gift" 
- A marca introspectiva, detalhista e delicada, que tem Rhydian no vocal, baixo, simples e perfeito. Ideal para abrir um vinho e se deixar levar.

8. "Running Hands with the Night"
- Sabe a viagem lá na melodia suave? Levanta e dança, mas não deixa de apreciar essa formidável e elegante maneira de fazer um excelente indie rock. É a mensagem nessa música.

9. "Fog (Black Windows)"
- Timbre de guitarra novo, uma batida diferente, a mesma delicadeza de sempre. Ela tem um quê de bons tempos de The Killers com uns toques de Brandon Flowers em projeto solo. Uma mistura muito boa.

10. "Underneath the Petal"
- Quase acústica, com piano, voz e violão em destaque, balada nada óbvia, musicalmente complexa, acho que ouvi até uma flauta ali no meio.

11. "Blowing Fire"
- Essa é menos empolgante que as demais, mas é boa.

12. "Don't Let Me Know"
- Surpreendente, introspectiva e cheia de reviravoltas. Necessária!

E, por fim, não poderia deixar de mencionar uma característica muito marcante nesse álbum: anos 80! Não são músicas caricatas, e nem todas têm essa marca, mas em algumas nota-se uma influência muito forte dos anos 80, e de uma forma muito legal. Eu curti isso também!

Para comprar o Hitch, digital, CD, camisetas, acesse o site da banda: The Joy Formidable / Store

E pra quem quiser ouvir o álbum todo, segue aquele link lindo com o Spotify!



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terça-feira, março 15, 2016

Liberte-se de tudo o que não tem sentido na sua vida!

Em outro momento (e faz tempo), falei aqui sobre livrar-se de tralhas e coisas que não têm uso em casa, passar adiante o que ainda pode ter proveito para outras pessoas, visando ajudar os animais. O post é um dos mais acessados, clique no link para acessar: Acredita em energia parada?

É um texto até interessante, lembro que na época eu estava trabalhando voluntariamente para uma ONG e usei o texto como forma de promover a arrecadação de doações para um brechó do bem. Lembro também de ter ficado empolgada com a ideia e de me desfazer de muita coisa. E isso virou meio que um hábito. Volta e meia faço uma "vistoria" entre as minhas coisas e decido qual o melhor destino.

Com esse hábito, aprendi que sempre temos coisas que não usamos! E não apenas coisas que podem ser úteis para alguém, mas muito lixo também. Por esses dias fez um ano desde a minha formatura, e percebi que ainda guardava cópias de textos das aulas, coisas de mais de 3 anos aqui. O monte de coisas agora inúteis foi pra rua. Em menos de 5 minutos já haviam levado. Pra alguém certamente serviu!

Mas, a motivação desse post foi uma história um pouco mais recente (mas nem tanto). Nessas funções de me livrar de tudo, um tempo atrás me desfiz de cadernos com poucas folhas usadas. Eu nem lembro como estavam, nem que capas tinham. Só sei que na época entreguei esses cadernos para a minha irmã, que é professora em uma escola pública. Entreguei a ela na esperança que algum aluno precisasse, ou que ela mesma pudesse usar para rascunho ou algo assim.

Há alguns dias eu fiquei sabendo do destino desses cadernos. Ao ouvir uma conversa entre das alunas, ela soube que uma delas estava usando um caderno para todas as matérias desde o início das aulas. Isso porque a mãe da aluna em questão estava sem dinheiro, esperando chegar o fim do mês para comprar os materiais da filha.

[PAUSA] Sim, caso não saibam, ou estejam surpresos com essa informação, afinal um caderno custa menos de R$10,00, muitas pessoas não tem esse dinheiro disponível. Muita gente passa um aperto danado para manter os filhos na escola, muitas pessoas sobrevivem com o dinheiro contado para necessidades mais básicas do que um caderno. E isso não é culpa da atual presidente, existe há muito tempo, sempre existiu. E pelo rumo que as coisas têm tomado, ainda deverá existir por um bom tempo. [FIM DA PAUSA]



Enfim, o desdobramento dessa história é que os cadernos que estavam aqui ocupando espaço foram destinados a uma pessoa que precisa, que certamente sentiu-se aliviada em receber esse material. Mais aliviada ainda deve ter ficado a mãe, que depois fiquei sabendo, teve filho recentemente. R$10,00, quem sabe não sirva pra um pacote de fraldas. Já é uma ajuda!

Estou contando essa história aqui não pra mostrar como eu sou demais por ter me livrado de algo que pra mim era lixo, muito menos para reclamar da situação do país (isso mereceria um livro e um milhão de cases - melhor não). Na verdade queria compartilhar algo simples e que deu um resultado inesperado.

Como eu disse antes, sempre temos coisas desnecessárias, e livrar-se dessas coisas pode ser realmente positivo. E confirmando o que falei naquele outro post sobre energia parada. Bom... Quem não acredita em energias (ainda mais as paradas), pode ver sob outra perspectiva. Livrar-se de coisas que não estão ajudando em nada, de quebra ajudar alguém (salvar o dia de alguém, quem sabe?) e ter um momento de reflexão sobre a vida, o universo e tudo mais...

Claro que essa última frase não tem nada a ver, mas eu ando com saudades do Douglas Adams - OK!


Dicas para se livrar de coisas rápido e facilmente:


1- Separe as coisas e deixe no seu caminho para a rua.

É sério... Parece piada, mas não. Depois de separar, se tu estiver na dúvida se joga fora ou não, deixar no caminho vai te fazer pensar sobre aquelas coisas e dar logo um destino pra elas.

2- Separe as coisas que vão pro lixo e as que têm utilidade

E lembre-se de separar por possíveis destinos. O que é papel, o que é calçado, o que é roupa. O que pode ser doado para familiares, ou para ongs, ou para pessoas da rua.

3- Pense se tem alguém, alguma instituição, ou algum lugar para dar fim nessas coisas.

Sim, você pode até colocar as coisas na rua. Se for um lugar por onde passam moradores de rua, ou aquele pessoal que trabalha com reciclagem, dependendo o material, pode sair rapidamente - como aconteceu com meus textos da faculdade.

4- Limpe as coisas que ainda tem uso.

Uma coisa bem legal, que aprendi com a minha mãe, foi limpar as coisas que serão destinadas as outras pessoas. EU SEI, parece óbvio, mas quando se vai colocar as coisas na rua para "sabe-se lá quem" - se as coisas estiverem limpas e organizadas vai demonstrar respeito. No mínimo. Se tu joga uma coisa suja e de qualquer jeito pode ser que ninguém leve e acabe nos boeiros, daí não, né!?

5- Inspire outras pessoas.

O mundo está cheio de formadores de opinião, gente que se acha o jornalista do facebook, o cientista político, o pregador da moral e dos bons costumes, mas que na prática não faz nada que sirva para alguma coisa. Então... Que tal fazer alguma coisa (simples e egoísta como limpar a sua casa de coisas que tu não usa) de um jeito que possa tirar a energia ruim do mundo e quem sabe ajudar alguém? 

E voltando para a situação do país... Será que a gente não pode mesmo olhar um pouco em volta e fazer alguma coisa por uma pessoa que precisa, por uma só? Mas, espera aí, vamos segurar os ânimos. Começa arrumando a tua vida, depois a gente pode olhar para a dos outros (pra ajudar, claro).

E esse post que não foi sobre música, que não foi sobre livro, nem parece que ainda é o mesmo blog - embora seja bem o que esse blog costumava ser - vai terminar com clipe, de música, PORQUE SIM!




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segunda-feira, fevereiro 08, 2016

Resenha de Quando Cair o Verão #DoctorWho

Hello 2016! O ano novo começou com novos livros sendo lidos, e o primeiro deles foi o Quando Cair o Verão (Summer falls). O livro está na lista de coleções de Doctor Who, pois além de ter sido "escrito" por personagens da série: Amelia (Williams?) Pond, Melody Malone (River Song) e Justin Richards, o livro aparece durante o episódio “The Bells of Saint John”.

Eu cheguei a esse livro pelas buscas na internet. Volta e meia digito Doctor Who na página do submarino pra ver o que tem de novo. Há algum tempo via esse título por lá e não tinha ideia se valia a pena ou não. Até que em um belo dia de promoções resolvi comprá-lo.

Bem, o livro não é uma história de Doctor Who, então ao começar a ler fiquei meio desconfiada, como se fosse ler um livro qualquer. Apesar da Amy ser a escritora e deixar uma introdução que nos faz lembrar a série, as histórias não tem praticamente nada a ver. Mas, todas me deixaram com aquela sensação de que o Doctor apareceria (só que não). As histórias são bem fantásticas, o que não chega a ser um problema para quem gosta de Doctor Who.

O livro é dividido em três histórias. Em termos literários, o primeiro conto principalmente, é muito bonito, bem escrito. Prende a atenção nos fazendo "ver" cada cenário e me fez mesmo embarcar na história. A da Melody é também bastante interessante, porque é a River sendo a River o tempo todo. Então pra quem gosta da personagem, vai se identificar e curtir (assim como eu). Já a terceira história achei fraca. Não chega a ser ruim, mas não é a melhor.

Como disse antes, não tem Doutor nesse livro, MAS, no final tem uma surpresa que me fez querer saber mais. Uma conexão muito interessante com a série, e pra quem gosta da história dos PONDS, bem, é muito legal.

A fim de evitar spoilers, não posso falar muito sobre as histórias. Enquanto escrevo esse post (que deveria ser uma resenha) me pergunto se devo dizer que não tem Doutor na história. Mas, posso assegurar de que talvez ele esteja presente, pelo menos em uma das histórias, então não deixe de comprar e de ler esse livro.

Ele é bom pra quem é fã da série.
Ele é bom para quem gosta de histórias fantásticas.
Ele é bom para quem gosta de uma boa leitura.

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