Qual é a do “A jornada do escritor”? Este livro é bem conhecido entre escritores e aspirantes, ou a curiosos da escrita criativa, como eu. Mas, o que esperar deste livro do Sr. Christopher Vogler?
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Resenha de “A jornada do escritor: estrutura mítica para escritores” por Christopher Vogler
Ele usa as teorias da “jornada do herói” do Joseph Campbell. Um cara que estudou histórias e mitologias desde os primórdios e identificou um padrão: arquétipos e “rumos” que estão presentes em praticamente todas as histórias contadas ou escritas.
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Vogler estudou esse padrão e o adaptou para escrever bons roteiros e contar histórias apaixonantes e rentáveis no cinema. O sucesso foi grande e ele então escreveu esse livro para ganhar dinheiro com essa “sacada”.
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Isso invalida o livro? Não. Invalida para escritores de livros? Tão pouco.
A contação de histórias independe da mídia, se escrita, visual ou “audível”. Todas são uma pilha de acontecimentos com causas e consequências e viradas que prendem ou não a atenção do público.
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Então, conhecer o que vem sendo usado desde sempre pela humanidade e o que Hollywood faz para ganhar dinheiro é útil. Um escritor de livros é tão “contador de histórias” quanto o roteirista ou o criador de conteúdo que trabalha com Storytelling.
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Porém, como a experiência do Vogler é com cinema, seus exemplos são de filmes clássicos que qualquer cinéfilo conhece. Não é o meu caso, então algumas aplicações não me serviram, porque não sabia do que ele estava falando.
Apesar disso, achei a leitura bem enriquecedora. Conhecer os arquétipos, a história dividida em três atos, pontos recorrentes de virada, faz com que a gente entenda as escolhas dos contadores de histórias. O que para os escritores pode ser uma excelente forma de fugir dos clichês (ou não, dependendo da sua intenção).
Acho que essa é a grande importância desse livro, dissecar a história tecnicamente armando o escritor para fazer as suas escolhas.
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Quero escrever livros, vou achar “A jornada do Escritor” útil?
Acredito que um escritor deve estudar tanto quanto qualquer profissional, conhecer as ferramentas e quais se adequam melhor para fazer um bom trabalho. Está nas mãos deles saber quais elementos funcionam ou não para entreter o seu público. E se ele não conhecer, como vai evitar? Ou usar?
Existe o “mito” de que nas artes a inspiração basta, mas raramente um artista alcança o sucesso sem conhecimento, treino e muito trabalho. Levando em consideração que um livro técnico não é um guia a ser seguido à risca, nem deve concordar com os nossos preceitos, é fonte de conhecimento. Neste sentido, o autor entrega o que promete.
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