quarta-feira, dezembro 08, 2010

Quem sou eu, afinal?

Vou ensaiar aqui a resposta para aquela pergunta, já ultrapassada, que o Orkut nos faz quando vamos "ajeitar" nosso perfil. Mas não vou dizer quem sou naquele modelo padrão, nunca fui muito fã de padrões. Na verdade ontem, antes de pegar no sono, tive uma idéia brilhante para um post de fim de ano. Sem revolta, sem críticas ao capitalismo, mas um post lotado de quem eu sou a partir de quem eu fui, ou seja, “atrolhado” de nostalgia.

Isso porque lembrei de coisas tão legais, e tão especiais para mim nos meus tempos de criança, que fiquei pensando: dificilmente alguém sabe dessas coisas. Sabem aqueles momentos que marcam as nossas vidas por algum motivo, mas que para os outros passam como se nada fossem? É mais ou menos disso que quero falar, mas vou aqui abordar "coisas", "os meus tesouros" que no meu ponto de vista demonstram que criança criativa eu era.

Primeiro tesouro da lista: uma pedra azul. Na verdade até hoje não sei se era de vidro, ou uma pedra lapidada, mas era azul, brilhante, transparente e sem marcas, furos ou qualquer coisa que evidenciasse o uso daquele objeto numa bijuteria. Nos meus sonhos de criança, aquela pedra valia muito, e um dia eu descobriria isso! hahah Lembrando disso eu penso "como era sonhadora". Mas que fim levou a minha pedrinha? Não faço a mínima idéia!

Meu segundo tesouro era uma bolsa muito “estilosa” dos tempos da minha avó. Pelo menos foi o que a minha mãe disse quando viu o que eu tinha comprado por alguns trocados na "feirinha" do vizinho. A bolsa era pequena e eu a usaria até hoje se ainda a tivesse. Lembro que em todas as brincadeiras a partir dessa aquisição eu tratava de incluir o uso de uma bolsa como peça fundamental. Ela me proporcionou muita diversão, pena que eu não a tenha mantido comigo - não sei que fim ela teve.

O meu terceiro tesouro era o livro do "Pequeno Príncipe". Eu já era fã do desenho animado e aquele livro, com as páginas caindo, era para mim uma relíquia. Não lembro como ele veio parar em minhas mãos, mas tenho uma vaga lembrança de ele ser chamuscado, como se tivesse sido resgatado do fogo. Talvez do lixo, já que na época muita gente queimava o lixo num terreno baldio. O fato é que eu amava aquele livro, não lembro de tê-lo lido alguma vez, e não sei onde ele foi parar.

Pensando nessas coisas que me eram tão caras, fiquei pensando no que eu teria hoje que equivalesse a esses tesouros da infância. A resposta simplesmente não veio. Pensei em pessoas, na minha gata, mas não em objetos. Achei isso bastante curioso, mas logo cheguei a conclusão de que não mudei coisa alguma da minha personalidade: ainda adoro livros, ainda gosto de coisas “estilosas”, ainda imagino que as coisas que tenho podem me levar longe, que ainda serão descobertas.

O que mudou, porém, foi a maneira como encaro tudo isso: a maturidade me fez ver que não basta ter tesouros escondidos, que é preciso aproveitá-los ao máximo, ainda que entre mudanças e viagens, viemos a perdê-los.
 
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3 comentários:

  1. puxa, legal ler isso! Eu tava preenchendo meu perfil do blog agora pouco, para fazer bonito lá no novo blog né.
    vi um caminho diferente a seguir quando falar de nós mesmos. Eu nunca gostei de pequeno principe, mas eu prometo um dia descobrir de perto o que é isso.
    é bom ler você Dani

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  2. Linda postagem, perfeita para encerrar o ano.
    Esses dias na casa de minha mãe achei o livro do Pequeno Princípe. Estava em frangalhos, as páginas estavam um farelo só.
    beijos

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  3. Feliz natal para você também
    somente semana passada percebi que você havia comentado nas fotos do orkut
    muito legal
    beijos

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