Um post para sentir um pouco de vergonha. Mas, eu prometo, isso não é o que parece. Chega essa época do ano e até a pessoa mais sensata começa a pensar em carnaval, folia e na TV, na Internet, só o que se vê é gente querendo saber qual será a música do carnaval 2017? Saber quais as músicas que vão bombar no carnaval é muito importante. Saber qual o hit do verão, a seleção de arrochas para fazer aquele sucesso.
É, agora não se fala só das musas baianas, Ivete Sangalo, Cláudia Leite, ou do Asa de Águia, nada disso. Povo quer saber qual vai ser o sertanejo da vez. A competição cada vez mais acirrada para saber qual vai ser o lixo sonoro que vai infernizar os poucos seres humanos que não vêem o menor sentido nessa alegria fora de época, nesse vale tudo sem medida, sem noção. Sim, vem aí mais um post desabafo, antes mesmo da "folia começar".
Eu tinha pensado em fazer um post falando do que vai bombar neste carnaval para quem curte rock, indie rock, ou qualquer coisa que não seja, nem lembre, carnaval. Mas, indie é um estilo independente até pra quem escuta. O que está na moda pra mim não está para a maioria das pessoas. Exceto, é claro, quando o hit da estação é de uma banda indie popular, como The Killers, que não lança álbum novo há mil anos, e não poderia ter um hit de carnaval em uma lista de 2017.
Então mantive a ideia do post indo pra esse lado das diferenças, da intolerância, e quase mudei o rumo migrando para o ódio de ver tanta gente falsamente feliz (ai como sou recalcada), posando de ryca, de sacana, de amor livre, pegação, abuso de álcool, abuso nas estradas que levam a mortes, abusos sexuais que acabam com vidas de mulheres e até de famílias e por aí vai. Mas, eu não vou falar disso.
Vou tentar seguir outro caminho. Discutir gosto musical? Acho que não. Eu sou intolerante. Abençoado seja o criador dos fones de ouvido. A invenção que todas as pessoas do mundo deveriam adotar. Não tem coisa mais irritante do que ouvir música ruim/de gosto duvidoso para quem ouve. Não quero dizer que funk, pagode, sertanejo, axé não prestem. Só que eu não suporto e prefiro manter distância. Não tem situação de falsa alegria, desespero por match, nem cachaça que dê jeito nisso.
Somada a essa intolerância, está as relações possíveis de violência, abuso, machismo, febre coletiva que distrai as pessoas, ou dá razões para que as pessoas finjam esquecer compromisso, responsabilidade e o que são em troca dessa diversão barata. Eu simplesmente não consigo. Sim, esse é um post cheio de "eus" e isso também está me incomodando. Então vou mudar de assunto.
Eu gostaria de ver a Pity de volta, já que não dá pra ressuscitar Raul Seixas, pra um bom rock 'n roll.
- Nas "praias" de modo geral, a música do verão vai ser uma briga feia, entre o que a TV vai tentar empurrar, lá dos trios, e um "arrocha" ou sertanejo, ou qualquer uma que sugestione sexo, escancaradamente ou proibidamente (alguém que não quer, mas "ah se eu te pego" tô nem aí).
- Pra turma dos eletrônicos (agora me matam) tanto faz, tudo é barulho, tem que ver qual nome vai pegar, assim fica difícil prever. Entendo nada disso, desculpa aí!
- Entre os esquecidos em suas casas, os diferentões, entre os que se incomodam com a folia toda, vai prevalecer, quando não um seriadinho, aquela música que faz esquecer que se vive no país do carnaval, e vale hit dos anos 60, 70, 2000. Qualquer um que cumpra o papel de entreter, sem compromisso de arranjar parceiro, de fazer bonito, ou gerar selfie nas redes sociais. (até Beatles, que eu não gosto, vale, pra quem curte) Entretenimento do bom, real. Aqui acredito que poucos vão me acompanhar.
Para quem não entende o que faz as pessoas gostarem de indie rock, aqui vai uma dica. É muito legal achar bandas do nada e descobrir que elas existem há muitos discos, fazem um som massa, têm músicas boas. Isso nunca termina e nunca cansa. Não quer dizer que a gente não ouça nada repetido, muito pelo contrário. Só quer dizer que a gente não fica no hit da estação, num desespero de conectar com outras pessoas porque sabemos a mesma música.
E, quem sabe, se ouvir mais e continuar gostando, saia um post aqui no blog sobre a banda de hoje. Nunca se sabe?
O próximo post deveria, ou poderia, ser sobre leitura, mas estou de novo lendo Sherlock Holmes, e não tenho muito a acrescentar. Só que a história é boa e empolgante, estou identificando um padrão. Se mudar de ideia conto por aqui.
E pra terminar, um hit de verão, descubra de qual!
=P
É, agora não se fala só das musas baianas, Ivete Sangalo, Cláudia Leite, ou do Asa de Águia, nada disso. Povo quer saber qual vai ser o sertanejo da vez. A competição cada vez mais acirrada para saber qual vai ser o lixo sonoro que vai infernizar os poucos seres humanos que não vêem o menor sentido nessa alegria fora de época, nesse vale tudo sem medida, sem noção. Sim, vem aí mais um post desabafo, antes mesmo da "folia começar".
Eu tinha pensado em fazer um post falando do que vai bombar neste carnaval para quem curte rock, indie rock, ou qualquer coisa que não seja, nem lembre, carnaval. Mas, indie é um estilo independente até pra quem escuta. O que está na moda pra mim não está para a maioria das pessoas. Exceto, é claro, quando o hit da estação é de uma banda indie popular, como The Killers, que não lança álbum novo há mil anos, e não poderia ter um hit de carnaval em uma lista de 2017.
Então mantive a ideia do post indo pra esse lado das diferenças, da intolerância, e quase mudei o rumo migrando para o ódio de ver tanta gente falsamente feliz (ai como sou recalcada), posando de ryca, de sacana, de amor livre, pegação, abuso de álcool, abuso nas estradas que levam a mortes, abusos sexuais que acabam com vidas de mulheres e até de famílias e por aí vai. Mas, eu não vou falar disso.
Vou tentar seguir outro caminho. Discutir gosto musical? Acho que não. Eu sou intolerante. Abençoado seja o criador dos fones de ouvido. A invenção que todas as pessoas do mundo deveriam adotar. Não tem coisa mais irritante do que ouvir música ruim/de gosto duvidoso para quem ouve. Não quero dizer que funk, pagode, sertanejo, axé não prestem. Só que eu não suporto e prefiro manter distância. Não tem situação de falsa alegria, desespero por match, nem cachaça que dê jeito nisso.
Somada a essa intolerância, está as relações possíveis de violência, abuso, machismo, febre coletiva que distrai as pessoas, ou dá razões para que as pessoas finjam esquecer compromisso, responsabilidade e o que são em troca dessa diversão barata. Eu simplesmente não consigo. Sim, esse é um post cheio de "eus" e isso também está me incomodando. Então vou mudar de assunto.
Sobre as músicas que vão bombar neste carnaval - Previsões!
- Nos trios o hit do carnaval vai ser aquela música que tiver menos texto, e o pouco texto que tiver for uma instrução, seja pra pular, passar a mão em alguma parte do corpo ou acenar, simplesmente. Vai vendo.Eu gostaria de ver a Pity de volta, já que não dá pra ressuscitar Raul Seixas, pra um bom rock 'n roll.
- Nas "praias" de modo geral, a música do verão vai ser uma briga feia, entre o que a TV vai tentar empurrar, lá dos trios, e um "arrocha" ou sertanejo, ou qualquer uma que sugestione sexo, escancaradamente ou proibidamente (alguém que não quer, mas "ah se eu te pego" tô nem aí).
- Pra turma dos eletrônicos (agora me matam) tanto faz, tudo é barulho, tem que ver qual nome vai pegar, assim fica difícil prever. Entendo nada disso, desculpa aí!
- Entre os esquecidos em suas casas, os diferentões, entre os que se incomodam com a folia toda, vai prevalecer, quando não um seriadinho, aquela música que faz esquecer que se vive no país do carnaval, e vale hit dos anos 60, 70, 2000. Qualquer um que cumpra o papel de entreter, sem compromisso de arranjar parceiro, de fazer bonito, ou gerar selfie nas redes sociais. (até Beatles, que eu não gosto, vale, pra quem curte) Entretenimento do bom, real. Aqui acredito que poucos vão me acompanhar.
E o que tem de música nova?
Pois bem, caçando lançamentos indie quando o tema deste post ainda era brincar com a ideia da música do carnaval 2017, achei o Blog Miojo Indie (que por sinal é muito bom), no qual catei uma banda chamada Cloud Nothings. Estava passando os olhos quando li na descrição a palavra "melancólico", voltei, li novamente, catei a banda no Spotify e estou gostando do que ouvi até agora, do álbum "Life without sound", disco mais recente deles. Neste disco não vi nada de melancólico, diga-se de passagem.Para quem não entende o que faz as pessoas gostarem de indie rock, aqui vai uma dica. É muito legal achar bandas do nada e descobrir que elas existem há muitos discos, fazem um som massa, têm músicas boas. Isso nunca termina e nunca cansa. Não quer dizer que a gente não ouça nada repetido, muito pelo contrário. Só quer dizer que a gente não fica no hit da estação, num desespero de conectar com outras pessoas porque sabemos a mesma música.
E, quem sabe, se ouvir mais e continuar gostando, saia um post aqui no blog sobre a banda de hoje. Nunca se sabe?
O próximo post deveria, ou poderia, ser sobre leitura, mas estou de novo lendo Sherlock Holmes, e não tenho muito a acrescentar. Só que a história é boa e empolgante, estou identificando um padrão. Se mudar de ideia conto por aqui.
E pra terminar, um hit de verão, descubra de qual!
=P