No mês de maio acabei lendo seis livros. Nem eu acreditei quando fui fazer as contas! Veja quais foram essas leituras e quais eu mais gostei e indico.
Excelente por vários motivos. O livro discute o valor da vida, o egoísmo e a hipocrisia num futuro distópico em que a humanidade conseguiu avançar incrivelmente nos tratamentos de saúde, a ponto de se tornarem eternos. Ninguém mais morre por doenças ou acidentes, se não pelas mãos de um Ceifador. Um grupo que se forma para conter o aumento populacional.
Além disso, não existe mais governos, o mundo é coordenado por uma inteligência artificial. Ele não fala muito dessa IA, mas eu amei a forma como os personagens interagem com ela. Uma referência à Matrix, será? Eu achei bem parecido num trecho importante do livro.
Parece um assunto sério, mas os personagens principais são adolescentes, e isso traz uma leveza para a história. A escrita do autor é muito fluida e há suspense e há várias surpresas ao longo da trama. Algumas inesperadas a ponto de não nos deixar largar o livro. Recomendo muito!
Uma história ótima, reflexões incríveis. O livro é também uma distopia (será que eu gosto disso, sim ou com certeza?). O personagem principal vive em uma ditadura em que é proibido ler ou ter livros em casa. Sua profissão é inusitada, um bombeiro. O inusitado é que os bombeiros não precisam combater o fogo, existe uma proteção nas casas que impedem que elas incendeiem. O papel dos bombeiros é atender a denúncias, eles conferem se há livros conforme a denúncia e os queimam. Queimam tudo nas casas, é definitivamente o fim para essas pessoas.
Nessa função, o personagem, infeliz, começa a se perguntar o que pode ter nos livros. E o que vem depois disso é muita discussão sobre a leitura, o conhecimento, o controle social, a felicidade e como uma ditadura pode ser vencida.
Fora esse tema tão forte, o autor surpreende pelas previsões de futuro. Ele não imaginou um futuro com carros voadores, viagens espaciais. Nada disso. Mas, ele prevê que, longe dos livros, as pessoas não sentem a falta deles porque estão vidradas em telas ou fones que preenchem todo o silêncio não as deixando sequer ouvir os seus pensamentos. É muito legal e recomendo demais!
Muito bom e só não leva 5 estrelas porque alguns contos são fracos. Fracos pela escrita meio arrastada. Mas, mesmo nos contos não muito bons, o tema é e nos faz pensar sobre muita coisa a respeito de robôs, inteligência artificial e a tal da "síndrome de Frankstein". Termo cunhado por Isaac Asimov, que se refere a fobia que as pessoas têm as máquinas e sobre serem substituídas por elas.
A escrita do Philip k Dick é muito boa. Eu fico na dúvida se é ele ou o Asimov o meu autor de ficção científica preferido. Ambos são visionários, mas o Philip tem uma sensibilidade impressionante ao nos apresentar os seus personagens. Gera uma empatia quase instantânea. É muito legal!
Mesmo quem não gosta de ficção científica pode se pegar refletindo sobre esses temas e pensar diferente sobre tudo no nosso mundo. Sério, recomendo!
História surpreendente, muito bem contada! Não posso entrar em detalhes, porque qualquer dica pode estragar a experiência de quem for ler o livro, mas é bom. E depois que termina, ficam as reflexões. Sabe aquele tipo de texto que ao terminar nos faz rever tudo que lemos até ali? Assim é casa dos pesadelos. E, para além do texto, pensamos na moral dos personagens e, gente, ele dá mesmo uma bagunçada nas ideias.
Marcos Debrito realmente surpreende! Não só pela trama e desfecho, como pela escrita e a forma como ilustrou esse livro, ajudando a dar vida aos pesadelos de Tiago, o personagem principal.
Se quiser ler mais sobre esse livro, publiquei a resenha completa de "A casa dos pesadelos" no site Estação Nerd. É só clicar aqui para conferir.
Ótimo, e só não leva 5 estrelas porque tem a mesma fórmula de O Ceifador. O que é meio contraditório, porque esse livro veio antes. Mas, como li depois, parece que o autor tem pouca criatividade no modo de contar as suas estórias. O que não acontece com a sua capacidade de pensar o futuro rico em questões morais.
Também em Fragmentados está presente o valor da vida nas discussões provocadas pelo autor. Mas, neste o foco é o aborto e as consequências de uma sociedade polarizada em torno de um tema tão polêmico. Nessa distopia, a humanidade decide proibir o aborto, mas dar o direito à mãe de abandonar a criança ao nascer, ou de entrega-la para fragmentação (distribuição de todos os seus órgãos e membros) para que ela siga vivendo "de outra forma", mas somente entre os 13 e 18 anos de idade.
Dessa loucura surge uma trama com muita ação, suspense e reviravoltas, e os personagens principais também são adolescentes (neste é mais óbvio dada as circunstâncias). E essa história tem continuações, uma delas já publicada no Brasil é "Desintegrados". Que já está na minha fila para leitura muito em breve!
Eu detesto falar mal de um livro, ainda mais se for de uma autora (mulher) e ainda por cima brasileira. Mas, a escrita desses contos no livro "Eles e elas" é bem meia boca, mal escrita até. Algumas frases ficam meio sem nexo.
E o contos são bem sem graça. Temas pouco relevantes, tramas pouco elaboradas, não "suspende" nada na maioria deles - pra mim, conto não é uma história curta, é a sugestão de uma história que o leitor completa com a sua imaginação. Os contos dela são pedaços de histórias banais. Simplesmente não vale a pena.
A sorte é que ele é bem curto e dá pra ler numa sentada.
E essas foram as minhas leituras do mês. O que acharam? Jã leram algum deles, ficaram interessadas por algum? Contem aí nos comentários!
=P
Essas foram as minhas leituras de maio!
O ceifador, Neil Shusterman
Além disso, não existe mais governos, o mundo é coordenado por uma inteligência artificial. Ele não fala muito dessa IA, mas eu amei a forma como os personagens interagem com ela. Uma referência à Matrix, será? Eu achei bem parecido num trecho importante do livro.
Parece um assunto sério, mas os personagens principais são adolescentes, e isso traz uma leveza para a história. A escrita do autor é muito fluida e há suspense e há várias surpresas ao longo da trama. Algumas inesperadas a ponto de não nos deixar largar o livro. Recomendo muito!
Fahrenheit 451, Ray Bradbury
Nessa função, o personagem, infeliz, começa a se perguntar o que pode ter nos livros. E o que vem depois disso é muita discussão sobre a leitura, o conhecimento, o controle social, a felicidade e como uma ditadura pode ser vencida.
Fora esse tema tão forte, o autor surpreende pelas previsões de futuro. Ele não imaginou um futuro com carros voadores, viagens espaciais. Nada disso. Mas, ele prevê que, longe dos livros, as pessoas não sentem a falta deles porque estão vidradas em telas ou fones que preenchem todo o silêncio não as deixando sequer ouvir os seus pensamentos. É muito legal e recomendo demais!
Realidades Adaptadas, Philip K Dick
A escrita do Philip k Dick é muito boa. Eu fico na dúvida se é ele ou o Asimov o meu autor de ficção científica preferido. Ambos são visionários, mas o Philip tem uma sensibilidade impressionante ao nos apresentar os seus personagens. Gera uma empatia quase instantânea. É muito legal!
Mesmo quem não gosta de ficção científica pode se pegar refletindo sobre esses temas e pensar diferente sobre tudo no nosso mundo. Sério, recomendo!
A casa dos pesadelos, Marcos DeBrito
História surpreendente, muito bem contada! Não posso entrar em detalhes, porque qualquer dica pode estragar a experiência de quem for ler o livro, mas é bom. E depois que termina, ficam as reflexões. Sabe aquele tipo de texto que ao terminar nos faz rever tudo que lemos até ali? Assim é casa dos pesadelos. E, para além do texto, pensamos na moral dos personagens e, gente, ele dá mesmo uma bagunçada nas ideias.
Marcos Debrito realmente surpreende! Não só pela trama e desfecho, como pela escrita e a forma como ilustrou esse livro, ajudando a dar vida aos pesadelos de Tiago, o personagem principal.
Se quiser ler mais sobre esse livro, publiquei a resenha completa de "A casa dos pesadelos" no site Estação Nerd. É só clicar aqui para conferir.
Fragmentados, Neil Shusterman
Também em Fragmentados está presente o valor da vida nas discussões provocadas pelo autor. Mas, neste o foco é o aborto e as consequências de uma sociedade polarizada em torno de um tema tão polêmico. Nessa distopia, a humanidade decide proibir o aborto, mas dar o direito à mãe de abandonar a criança ao nascer, ou de entrega-la para fragmentação (distribuição de todos os seus órgãos e membros) para que ela siga vivendo "de outra forma", mas somente entre os 13 e 18 anos de idade.
Dessa loucura surge uma trama com muita ação, suspense e reviravoltas, e os personagens principais também são adolescentes (neste é mais óbvio dada as circunstâncias). E essa história tem continuações, uma delas já publicada no Brasil é "Desintegrados". Que já está na minha fila para leitura muito em breve!
Eles e elas, contos, Maria Christina LR Veras
E o contos são bem sem graça. Temas pouco relevantes, tramas pouco elaboradas, não "suspende" nada na maioria deles - pra mim, conto não é uma história curta, é a sugestão de uma história que o leitor completa com a sua imaginação. Os contos dela são pedaços de histórias banais. Simplesmente não vale a pena.
A sorte é que ele é bem curto e dá pra ler numa sentada.
E essas foram as minhas leituras do mês. O que acharam? Jã leram algum deles, ficaram interessadas por algum? Contem aí nos comentários!
=P
Parecem ser todos mesmo bons
ResponderExcluirI love your post and your blog!
ResponderExcluirI follow you, please check my blog and follow back!
Have a nice day!
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Achei interessante este espaço em que a administradora é leitora contumaz. Recomenda qual entre tantos?
ResponderExcluirVoltarei, pois já tornei-me seguidor do blog. Parabéns pela robusta postagem! Grande abraço! Laerte.