quinta-feira, agosto 23, 2007


Da ordem das coisas...

Com a melodia cantada pelo vento,
A percussão ensaiada pelas árvores, que dançam e “barulham” com a força do vento...
Uma folha se desprende, mas não cai.
É agora a protagonista da peça regida pela natureza,
Flutua, espalha-se no céu cinzento.

Há muito quis ser como a folha solta,
Ainda que o medo de um dia cair fosse grande,
Lutei com todas as minhas forças para que esse fosse o meu fim.

Não há muito, a folhinha prendeu-se nos galhos de outra árvore,
Por alguns instantes, ainda protagonista, tinha agora todas as atenções voltadas para ela.
Mas ela, que não almejou em momento algum a liberdade, sentia-se agora presa...
...e soltou-se.

Ao contrário de uma folha ao sabor do vento,
Quis a minha liberdade, quis prender-me por mais de alguns instantes.
Mas a natureza é sábia, e deixa as folhas presas as suas árvores se assim tiver de ser,
Se estava livre, ainda que se perca ou se prenda, é da minha natureza estar assim...
... será por isso que sempre me solto?

Um comentário:

  1. de certa forma sempre buscamos nos soltar
    mas o destino muitas vezes quer o prender em algum lugar ou a alguem
    sera que estamos falando a mesma lingua
    beijos

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