segunda-feira, outubro 01, 2007


Musica? Outra vez? Não...

=/


Não queria ser repetitiva, mas o momento é de anexos sendo salvos, de músicas repetitivas martelando em minha mente e confusão nos meus pensamentos... Sempre isso!


Certo tempo depois... (Agora que o supervisor se foi...)


A inspiração de pseudos-poetas, principalmente aqueles que não podem viver de poesia é mesmo muito cruel. Ainda mais para aqueles que não são prevenidos. Deveria eu andar sempre com caneta e bloco, mas não faço isso e, com essa atitude perco muitas oportunidades de escrever, quem sabe, o texto da minha vida.


Estava voltando do Parque Farroupilha (Porto Alegre - RS), mais conhecido como Parque da Redenção, e deparei-me com uma cena que me remeteu aos tempos mais remotos da minha infância. Estava eu passando próxima de uma árvore de jasmim.


Aquele perfume que se faz presente, que anuncia tal presença, e que quando se cheira a flor muito de perto não se sente ou não parece tão intenso, foi como se tivesse atravessado um portal diretamente para 1987, no quintal de uma das minhas antigas residências. Que coisa fantástica essa associação feita pelo cérebro com músicas, perfumes e coisas do tipo!


Nesse mesmo instante tive uma inspiração muito forte, daquelas em que as palavras fluem com tal facilidade e clareza, um jogo inteligente de palavras e recursos lingüísticos que não se consegue "forçando" a mente, sem esse tipo de sensação inspiratória. Bom, mas eu estava na rua, sem caneta e bloco. Isso me chateia profundamente.


Então, com o intuito de evitar aquele sentimento angustiante eu tive a brilhante idéia de cantarolar mentalmente uma música chata, grudenta, irritante... E funcionou! :D Na hora a frustração não veio, mas depois, e até agora penso: pena que eu não tinha caneta e bloco! =/

Não lembro da relação que faria com a flor, perfume e o teletransporte ao passado, mas agora, pensando no que se passou, me veio a idéia de uma metáfora bem interessante sobre o que é conhecer uma pessoa fascinante. Vê-la de longe, observá-la... Tudo nos remete a antigas sensações, algumas boas, outras nem tanto.


Quando as sensações boas superam as ruins e, principalmente, se dentre essas sensações estiverem o desejo pelo desconhecido e pela aventura, aventuramo-nos e ao nos aproximarmos... A flor parece não ter aquele perfume encantador que nos atraiu.

Isso não significa, de forma alguma, que devemos manter uma certa distância das pessoas, por mais encantadoras que pareçam. Na verdade, é preciso saber que o jasmim é muito mais encantador quando percebemos que ele sabe a medida certa do perfume que deve exalar para atrair quem está longe, fazendo-se sempre presente e agradável, e mais ainda a medida certa a fim de que, ao nos aproximarmos, não fiquemos sufocados com o perfume em excesso, e saibamos admirá-lo ainda mais, pela sua delicadeza e pela sua complexidade.


Que fascinante é conhecer uma pessoa, e estar perto do que nos inspira.

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