sexta-feira, janeiro 13, 2017

Resenha: Admirável mundo novo de Aldous Huxley

Antes tarde do que nunca, principalmente quando se fala da leitura de clássicos. Por isso, parei de ignorar o exemplar do "Admirável mundo novo" que ficava me chamando sempre que eu olhava para a instante.


Mas, antes, um pouquinho de história: no ano passado decidi que iria ler todos os livros que tinha comprado/ganhado antes de comprar novos títulos. Pois bem, não resisti e comprei mais (hahah) mas, li todos os livros, exceto alguns técnicos demais, dos tempos da faculdade. Quando terminei de ler os livros, dei mais uma olhada na estante, e comecei a me incomodar com os livros que não eram meus, mas que estavam lá e que têm potencial. Foi assim que o famigerado "Admirável mundo novo" foi parar na minha bolsa para a leitura.


Agora sim, vamos à resenha! "Admirável mundo novo" de Aldous Huxley

Primeiro, eu confesso que desconhecia detalhes sobre o autor e mesmo pela obra. Apenas sabia que era um clássico de ficção científica. Então, sem qualquer referência, comecei a ler e de cara, não gostei (tão eu!!!). A leitura não flui e por vezes é bem confusa. O autor vai misturando diálogos de personagens que nem estão no mesmo ambiente. Um artifício curioso/diferente mas que não chega a ser empolgante.

Sobre a história, bem, esse ponto merece um parenteses: tenho plena consciência de que li essa obra fora do tempo e totalmente descontextualizada. A parte de ficção científica pra época em que a estória foi contada pela primeira vez deve ter sido, sem dúvida, surpreendente. O universo futurista criado por Aldous Huxley, autor do livro, consegue impressionar levando consideração o ano de lançamento da obra, 1932. É possível compreender como a humanidade chega naquele momento "evolutivo", há justificativas suficientes para se acreditar na possibilidade daquele novo mundo. Pelo menos para mim, aqui de 2017.

Em 1930 certamente foi um escândalo negar Deus, a Família, e a organização social da época, e ainda ter que lidar com uma tecnologia que mesmo em 2017 ainda parece meio distante. Criar humanos em laboratórios, manipulando e condicionando-os desde o embrião. Uau! Sem falar do consumo deliberado de drogas para "esquecer/ser feliz", da liberdade sexual, da divisão da sociedade, enfim... Isso é praticamente o que temos hoje em dia.

Porém, hoje, quando já convivemos com tanta tecnologia, e já assistimos e lemos tantas histórias como Matrix, Serial Experiments Lain, Doctor Who, Star Wars... É fácil acreditar em tudo que Aldous Huxley nos conta, mas também por isso o livro não empolga. A trama não é bem contada, não prende a atenção de um modo que a gente queira ler tudo até o fim em uma noite, então, fora do seu tempo, é só mais um livro.

Não vou desmerecer totalmente, nem dizer que não vale a leitura. Como disse lá no início do texto, é claro que os clássicos são importantes e o "Admirável mundo novo" é essencial para quem gosta de ficção científica. A crítica negativa é mais por eu ter lido ele fora de ordem, fora do seu tempo, o que pra mim é mais um problema. Tem histórias incríveis e atemporais, como Star Wars, como Matrix, coisa que o "Admirável mundo novo" não conseguiu - eu acho!

E é isso, agora sim, começo 2017... Encerrei a leitura do "Admirável mundo novo" agora, e não em 2016, também pelo livro ser chatinho. Agora estou lendo "Um passeio no jardim da vingança". Primeira obra de um novo autor (gaúcho), Daniel Nonohay. Em breve (espero) terá resenha deste também. E dos demais livros de 2016, que vou tentar escrever ainda esse ano!

 =P

5 comentários:

  1. Parabéns pela resenha. De minha parte, li 2/3 de "Admirável mundo novo" e parei porque achei o livro muito chato. Quem sabe agora eu não crie coragem e termine ele? Continue com as boas resenhas.

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  2. O livro é aclamado, mas nossa ela achou "chatinho"...

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    1. A internet é livre para opiniões, mas nossa ele preferiu comentar anonimamente.

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    2. Anônimo3/6/24 04:44

      O livro é bem chato mesmo

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  3. Anônimo2/8/22 23:39

    Compartilho da mesma opinião....Não achei o livro empolgante e também achei confusa a forma que os diálogos são colocados.

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