segunda-feira, junho 24, 2024

Fundação de Asimov: Qual a ordem certa de leitura?

Quem resolver ler Isaac Asimov geralmente inicia pela Fundação, mais especificamente à Trilogia da Fundação, que foi originalmente o primeiro lançamento dessa saga.


Sinopse abreviada da Fundação

Nela foram reunidos contos diversos desse universo contando a história do "Império Galáctico" que, após a sua ascensão, começa a mostrar sinais de decadência. É quando inicia um esforço para atenuar as consequências dessa derrocada para que o mais breve possível se restabeleça ainda mais forte.


Por que não começar pela Trilogia da Fundação?

O principal motivo é a reorganização da obra, feita pelo próprio autor. Quase no final da sua vida, Isaac Asimov olhou para os seus escritos e percebeu a possibilidade de juntar o universo dos Robôs à Fundação, ampliando a saga, aprofundando o desenvolvimento desde o início.

Como os livros da Trilogia são contos reunidos, existe um intervalo de tempo gigantesco entre eles e muitas informações ficam faltando, como por exemplo, a história do seu personagem principal (depois da galáxia), Hari Seldon. Ele pensou e implementou todos os planos, é citado em todos os livros, é o “fundador da fundação”, e pouco se sabe sobre a vida dele.

Seguindo a ordem que apresento aqui, a mesma sugerida pelo autor, a experiência de leitura é melhor, mais completa, e emocionante se você começou essa jornada lá em “O fim da eternidade”.


Se estiver perdido sobre isso, leia meu outro post: Guia de leitura para ler Isaac Asimov 


A ordem certa para ler a Fundação de Isaac Asimov

Ordem cronológica segundo os acontecimentos narrados ao longo da Saga. Para melhor compreensão, sempre sugiro iniciar a sequência indicada no post que citei antes. Começando pelo "O fim da eternidade", passando pela Saga dos Robôs. A trilogia do Império Galáctico pode ser lida depois da Fundação, sem problemas.

Enfim, vamos à ordem...

1 - Prelúdio à Fundação (1988) 

Este é o primeiro livro que fala da Fundação. É onde conhecemos Trantor em detalhes, temos o panorama geral do Império, conhecemos Hari Seldon. É nele que acompahamos o surgimento da ideia da "Psico História" e os primeiros passos do plano para colocá-la em prática.


2 - Origens da Fundação (1993) 

O livro descreve eventos pós "prelúdio" anteriores à Trilogia da Fundação. Logo, essa é a melhor posição para quem pretende ler na ordem cronológica. Foi o último escrito pelo autor e ele tem uma carga emocional muito intensa.

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3, 4 e 5 - A Trilogia da Fundação 




3 - Fundação (1951)

Primeiro livro da Trilogia da Fundação. É interessante não começar por aqui. Pode ser confuso ou insuficiente para quem gosta de detalhes, muita gente odeia quando começa por ele. Eu não arriscaria.

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4 - Fundação e Império (1952)

O segundo livro da trilogia é o melhor deles, empolga muito, entrega bastante ação, criatividade, personagens intrigantes. Embora seja excelente, ainda é superficial sobre o que "sustenta" a fundação.


5 - Segunda Fundação (1953)

O terceiro livro da série pega um pouco do que teve de bom no livro anterior. Falta a referência do que realmente importa e que está nos livros anteriores a trilogia. Reafirmo: a chance de alguém odiar Fundação começando pela trilogia é imensa. 


Tem várias edições da Trilogia da Fundação. Eu tenho a mais antiga da Editora Aleph, a que está na foto anterior. Depois de reler, deu vontade de comprar a edição especial de capadura. É linda demais!


6 - Limites da Fundação (1982)

Quem começou lendo lá em "O fim da eternidade", passou pela saga dos robôs, depois trilogia do Império Galáctico, prequels e trilogia da Fundação, chega em "Limites da Fundação" meio cansado, e a sensação que se tem é que Asimov sabia disso. Esse livro deixa qualquer leitora emocionada. Ele inicia uma jornada que revisita todos os acontecimentos, relembra personagens e é um carinho em quem se propôs a ler tudo que o Divo Asimov escreveu. 


7 - Fundação e a Terra (1983)

O último livro dessa saga, assim como "Limites..." é um reencontro com o que já foi lido até aqui, mas vai além, trazendo uma reflexão sobre tudo. Isaac Asimov tinha uma visão muito boa sobre o futuro e sobre a humanidade, e nesse livro ele nos apresenta possibilidades, caminhos, resoluções. É lindo, triste, nostalgico. E tem um PLUS maravilhoso que só vai valer a pena e ser entendido, se você ler na ordem indicada pelo autor, listada neste post

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Minha experiência Lendo a Fundação

Você vai encontrar diversas ordens de leitura, algumas pela publicação, que até pode fazer algum sentido, se quiser ver como o autor foi reinventando esse universo, e umas ordem malucas indo e voltando em livros de forma aparentemente aleatória.

A minha experiência foi a seguinte: comecei pela trilogia, enquanto ainda estava lendo a série dos robôs. Fiz a maior confusão e me arrependi disso quando li os outros livros da Fundação. Recentemente eu fiz a releitura completa dessa saga, seguindo a ordem certa e foi maravilhoso. A leitura flui melhor, percebe-se as nuances e os presentes deixados pelo autor ao recriar esse universo. Por isso virei uma defensora dessa ordem de leitura.

Se você for teimoso e quiser começar com a Fundação e depois ir para "O fim da eternidade" e série dos Robôs, pode funcionar. Sugiro que pelo menos siga essa ordem aqui descrita, mas DE NOVO, acredite no mestre, leita na ordem indicada por ele.

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terça-feira, junho 04, 2024

Resenha | O Diário de Anne Frank

"O Diário de Anne Frank" é um dos livros mais vendidos na Amazon e tem inúmeras edições. Os leitores parecem nunca se cansar dele. Você sabe por quê?


Resenha de "O Diário de Anne Frank" 

"O Diário de Anne Frank" traz o relato profundamente comovente e significativo da vida de uma jovem judia durante a Segunda Guerra Mundial. Escrito por Anne Frank enquanto ela e sua família se escondiam dos na$istas em Amsterdã, este diário oferece uma visão íntima e impactante das dificuldades enfrentadas durante aquele período sombrio.

Desde o início, o leitor é atraído pela escrita clara e sincera de Anne. Suas entradas no diário capturam o cotidiano no anexo secreto, onde a família Frank, juntamente com mais quatro pessoas, viveu escondida por mais de dois anos. Anne descreve com detalhes vívidos o medo constante da descoberta, as tensões do confinamento e os pequenos momentos de alegria que iluminavam suas vidas.

O que se destaca no diário é a maturidade e a profundidade dos pensamentos de Anne, especialmente considerando sua idade. Ela reflete sobre temas complexos como a natureza humana, a injustiça e a esperança. Seus escritos mostram uma jovem cheia de vida e curiosidade, que sonhava em ser escritora e fazer a diferença no mundo.

Um dos aspectos mais emocionantes do livro é a esperança inabalável de Anne. Mesmo enfrentando circunstâncias extremamente difíceis, ela manteve a fé na bondade das pessoas e sonhava com um futuro melhor. Esta esperança ressoante é um dos pontos mais poderosos do diário, que muitos interpretam como uma lição sobre resiliência e otimismo em tempos de adversidade.

A descoberta e a prisão dos habitantes do anexo secreto são descritas com uma precisão que deixa o leitor com um nó na garganta. O final trágico da obra, sublinha a brutalidade do Holocausto e a perda irreparável de tantas vidas jovens e promissoras.

"O Diário de Anne Frank" não é apenas um documento histórico, mas também uma obra literária de grande valor. Casa de Anne Frank em Amsterdã, hoje um museu, serve como um lembrete duradouro da sua história e da importância de lembrar o passado para não repetir os mesmos erros no futuro. Um clichê, é verdade, mas ainda muito necessário nos dias de hoje.

Em resumo, "O Diário de Anne Frank" é uma leitura essencial que combina um relato pessoal íntimo com uma poderosa mensagem sobre a resiliência do espírito humano. É um testemunho atemporal da coragem de uma jovem garota e da necessidade de lutar contra a intolerância e a injustiça em todas as suas formas.



Contexto histórico e um pouco mais sobre Anne Frank

Anne Frank nasceu em 12 de junho de 1929, em Frankfurt, Alemanha. Sua família mudou-se para Amsterdã, na Holanda, em 1933 para escapar da perseguição nazista. Em 1942, a família Frank foi forçada a se esconder devido à intensificação da perseguição aos judeus.

Anne começou a escrever seu diário pouco antes de se esconder. Ela o recebeu como presente de aniversário em 1942 e nomeou-o "Kitty". No diário, Anne relatou a vida no esconderijo, suas reflexões pessoais, seus medos, esperanças e os desafios de viver em confinamento. Ela também expressou suas aspirações de ser escritora.

Após a guerra, Otto Frank retornou a Amsterdã e encontrou o diário de Anne preservado por Miep Gies, uma das pessoas que ajudaram a família a se esconder. Otto decidiu publicar o diário de sua filha para compartilhar sua história com o mundo. O livro foi publicado pela primeira vez em 1947, sob o título "Het Achterhuis" (O Anexo Secreto). Desde então, foi traduzido para muitos idiomas e é considerado um dos relatos mais importantes e comoventes do Holocausto.


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