terça-feira, setembro 22, 2015

Resenha: O prisioneiro dos Daleks

E, já era! Terminei de ler O prisioneiro dos Daleks, livro da série de Doctor Who escrito por Trevor Baxendale, Vou falar das minhas impressões sobre a leitura, sem spoilers (vou tentar pelo menos), para não atrapalhar quem está apenas querendo saber como é para, quem sabe, vir a ler.

A única referência que eu tinha de livros de Doctor Who era o Shada (sobre o qual falei rapidamente aqui). Shada foi pensado para um episódio de TV pelo Douglas Adams. Então posso dizer que a expectativa para o livro com o 10º Doutor (que é o meu preferido, aliás), era bem alta. Logo de início senti a grande diferença, não era escrito pelo Douglas Adams, não era tão genial. Mas... Continua lendo aí!

O começo do livro é como qualquer começo de livro, meio tedioso até. Eu tive que entender bem o contexto: série moderna, a tradução para o Português pode ter prejudicado um pouco, e não conseguia ver naquele Doutor a atuação do décimo Doutor interpretado pelo David Tennant, que é tão brilhante.

Outra dificuldade foi visualizar as imagens descritas ao longo da narrativa. Achei um pouco simplória (sempre comparando ao Shada - inevitável!). Então, exceto o que conhecia bem (o Doctor, sua TARDIS e os Daleks), as demais figuras foram mais difíceis de "ver". Mas, esse detalhe não chega a prejudicar demais a leitura e imersão na história como um todo. Os capítulos são curtos e vão contando e descrevendo separadamente o paradeiro dos personagens, um recurso muito bom. Pois, aos poucos as estórias vão se encontrando, fazendo sentido e vão direcionando nossas ideias para os próximos acontecimentos, alguns previsíveis, outros nem um pouco - é onde a minha atenção e curiosidade foram conquistadas.

Quando os Daleks entram em cena e o "circo começa a pegar fogo", o Doutor vai ganhando aquele tom eloquente que eu estava acostumada na série de Tv. Baxandale vai conduzindo os fatos, passo a passo, e cuidadosamente apresenta Daleks sendo Daleks, e o Doutor fazendo eles de bobos (como sempre), parecendo estar perdido e dando aquela reviravolta no final na trama. Exatamente como (nós Whovias) estamos acostumados. E é sensacional!

Então, sim, indico o livro, pois é uma leitura gostosa e divertida. É muito legal como o autor induz nosso cérebro a ouvir os Daleks desafinando e dando suas ordens. Não sei se por serem diálogos muito fidedignos ao personagem, ou pelo recurso gráfico utilizado, ou as duas coisas. Outro detalhe que encanta são as expressões típicas do 10º Doutor, os Naaah, Allons-y, a personalidade otimista e sorridente - depois que tu entra na história, é genial!

A minha dica, porém, é procurar ler esses livros antes de Shada, pra se afeiçoar antes de achar ruim. Porque Shada é lindo demais - tá certo que eu sou fã das loucuras do Adams, e por isso sou suspeita - mas é só uma dica, pelo menos saiba dessa diferença.



Ah! Para comprar o livro, tem Submarino (onde comprei por R$12,90), vi que tinha na Saraiva, na Estante Virtual também tem, e vocês podem procurar na Editora Objetiva, a qual cito no início do post.

Um adendo: isso é bem curioso (pra mim), chamar o Doctor Who de Doutor. Logo que vi alguns episódios dublados achei terrível, quando comecei a ler Shada, custei a me acostumar, e depois de O prisioneiro dos Daleks, bem, isso já está bem tranquilo pra mim.

Outra coisa: ler sobre Daleks nesse momento, em que os vilões estão em alta, só se fala dele no Universo Who por conta da estreia da nona temporada que, gente, quem não viu ainda, pre-ci-sa! Não é só mais um episódio com Dalek, e Peter Capaldi está sensacional!

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