quarta-feira, dezembro 09, 2020

Como foi o lançamento do PlayStation no mercado de games?

 Já se perguntou quando foi lançado o Playstation 1? Estamos tão habituados com as suas versões mais recentes e o sucesso da marca, que quase não paramos para pensar nisso. Pois, enquanto todos estão ansiosos pelo Playstation 5, neste post vou falar do lançamento do primeiro PlayStation e trazer curiosidades sobre o PS1.


A entrada e o sucesso da Sony no mercado dos consoles aconteceu com o lançamento do primeiro PlayStation (também chamado de PS, PS1, PlayStation 1 ou PSOne) em 3 de Dezembro de 1994 no Japão, 9 de Setembro de 1995 nos EUA e em 29 de Setembro de 1995 na Europa. 

Características marcantes como mídia em CD e alta qualidade de áudio, jogos em alta resolução e gráficos poligonais 3D vistos anteriormente só em arcades (sim, bons tempos em que polígonos eram chiques e sinônimos de ostentação), caracterizaram a grande era dos consoles de quinta geração, tendo o PlayStation como representante mais emblemático e bem sucedido deste período, ocupando o status de videogame da quinta geração mais vendido no mundo.


Qual a resolução do Plastation 1?

A resolução máxima do PS1 era de 640 x 480 pixels. O que era um grande avanço para época, em relação aos consoles da geração anterior, e muito adequado para as TVs de tubo da época. Hoje, rodar um jogo nessa resolução é uma experiência esquisita em nossas telas de LCD, mas para o início dos anos 90 dava pro gasto.


Características inovadoras do PS1

Com seu processador de 32 bits rodando a 33.9 MHz, 2Mb de memória RAM e 1MB de VRAM, o PlayStation liderou as vendas e conquistou as salas de estar ao redor do mundo e “locadoras” no Brasil. Um modelo de negócio geralmente local, como Fliperamas ou Lan Houses específicas para a jogatina em consoles, onde a garotada se reunia com seus poucos pilas pra jogar. 

Assim, desbancou concorrentes de mesmo nível de hardware (Sega Saturn, 3DO) e até os mais robustos (ex: Nintendo 64 e Atari Jaguar, falarei destes mais tarde no tópico “concorrentes”).  O armazenamento dos jogos de PS em mídias óticas proporcionou mais qualidade de áudio em relação à geração anterior, mais espaço e flexibilidade para armazenamento de dados (característica muito bem vinda aos desenvolvedores de jogos).


PlayStation Dual Shock revoluciona o mercado de games!

Responsável até hoje por ser grande referência em design e User Experience, o PlayStation Dual Shock (normalmente chamado no Brasil de “controle do PS”) remodelou o conceito de joystick. A inovação foi tamanha que o controle do PS influenciou praticamente todas as fabricantes de eletrônicos, desde fabricantes de consoles da época e da atualidade até marcas de periféricos para PCs. 

O sucesso do PlayStation Dual Shock se deve ao design ergonômico, que permite uma “pegada” mais segura comparada aos controles dos consoles concorrentes e a utilização de três dedos de cada mão de forma fácil, confortável e jamais vista antes. 

O controle foi comercializado em duas versões: a Standard (sem controles analógicos) e a versão Analog Dual Shock, que possuía dois direcionais analógicos. Estes permitiam movimentos precisos e de intensidade variável em jogos 3D e em jogos FPS.

Outra característica legal é o sistema vibratório chamado rumble, que faz o controle vibrar de acordo com determinado acontecimento durante o jogo. Muito comum hoje, foi uma novidade, proporcionando uma forma de imersão inovadora para a época. Até mesmo os joysticks para PC possuem forte influência do design do Dual Shock.


PS1 e seus Slots de expansão?

O console possuía dois slots para a utilização de Memory Cards, cartões de memória de 15KB que eram utilizados para armazenamento de dados salvos pelo usuário e para salvar o progresso de jogos. Essa característica permitia ao usuário resgatar os “Saves” para continuar a jogatina do mesmo ponto em que havia parado. Lembro como se fosse hoje das vezes em que eu morria no jogo Resident Evil e ficava “azedo” por ter que começar tudo denovo, pois o PS da Locadora não tinha Memory Card  :_( 



A diferença entre o PS1 e o PS One


Pequenas modificações foram feitas no PS desde seu lançamento, porém a mais significativa delas foi o lançamento do PS ONE em julho de 2000: era o mesmo PS em termos de processamento e hardware, porém com tamanho e peso reduzido em relação ao PS original. 


Atualmente para os saudosistas e colecionadores, há no mercado o Playstation Classic, trata-se de uma plataforma emulativa do PS1 com tamanho reduzido, saída HDMI e 20 jogos famosos do PS1 na memória.


Mercado e concorrência de Games na época do Playstation 1

No momento em que a Sony decidiu fabricar consoles, havia uma forte e acirrada disputa entre os grandes players deste mercado. Mas dois fabricantes se destacavam dos demais em números de vendas:  Nintendo e Sega

Tanto a Nintendo (com o SNES) quanto a Sega (com o MegaDrive) já haviam se consolidado mundialmente com números bastante expressivos de vendas dos seus consoles de 16 bits (e cada uma com seu “mascote” globalmente famoso). 



Fabricantes menos conhecidos com consoles mais evoluídos em termos de hardware (e expressivamente mais caros) tentavam emplacar seus modelos de 16 e 32bits. Como por exemplo o NeoGeo/NeoGeo CD da SNK (tentativa da SNK em trazer a experiência dos arcades para os jogadores de console), Jaguar da Atari, o 3DO da Panasonic e o Saturn da gigante Sega. 

Apesar destes não terem sido fabricados por aqui, alguns deles tiveram fama breve no Brasil através de importação e das Locadoras. Mas todos são considerados fracassos de vendas devido aos preços proibitivos, escassez de jogos e desenvolvedores pouco interessados em seus projetos. A única exceção foi o Sega Saturn (lançado no Japão poucos meses antes do PS, seu principal concorrente). 

Sega Saturn


Considerado o segundo console de 32 bits de maior sucesso no Japão e um possível “páreo” para o PlayStation, a Sega perdeu a oportunidade de emplacar o seu Saturn no hall da fama dos consoles, resumindo: seu lançamento no mercado americano deu muito errado (as falhas da Sega e a sua “morte” na fabricação de consoles ficarão como assunto de um futuro post). 

A Nintendo lançou o seu console de 64 bits (o Nintendo 64, mais robusto do que os concorrentes) aproximadamente dois anos depois do PS e do Sega Saturn. Conquistou sua fama sendo o 2º console de quinta geração mais vendido mundialmente e, ainda que com poucos títulos lançados em comparação ao PS, conquistou um espaço modestamente considerável no mercado. Seu jogo mais vendido, Mario 64, ultrapassou em número de vendas o jogo mais vendido do PS e conquistou o título de jogo mais vendido da quinta geração de consoles.


O grande sucesso do PlayStation se deu principalmente por:

  •  seu preço reduzido em relação aos concorrentes (o Saturn costumava ser $100,00 mais caro por exemplo), 
  • pela motivação dos desenvolvedores com a plataforma (que era mais simples em comparação ao Saturn e ao Nintendo 64, logo, mais fácil o desenvolvimento de jogos) 
  • e pela parceria com softhouses. 

Tais vantagens proporcionaram uma vasta biblioteca de jogos e clássicos famosos que perduram até os dias atuais. Franquias que nasceram nesta geração de consoles (como Resident Evil, Need For Speed, Tekken, Crash Bandicoot e muitas outras) e jogos exclusivos da Sony (como o famoso jogo de corrida e simulação Gran Turismo, o mais vendido do PS e Metal Gear Solid) podem ser facilmente encontrados e jogados na geração atual de consoles.

 O curioso é que o Playstation 1 não foi fabricado no Brasil. Porém, isto não impediu o sucesso do console por estas terras, que aconteceu graças às importadoras e ao mercado “paralelo” de importação, locadoras de videogame e à pirataria em geral. 

Segue algumas das franquias de games mais famosas que nasceram junto com o console Playstation 1 e perduram até os consoles de geração atual:

- Resident Evil

- Tomb Raider

- Need For Speed

- Tekken

- Crash Bandicoot

- Metal Gear Solid

- Gran Turismo - O jogo que mais vendeu no PS1.


- Final Fantasy 

- Tony Hawk Pro Skater

- Driver (relançado até o PS3)

- GTA


Quanto custa um Plastation 1?

Para quem sentiu a nostalgia da época e ficou se perguntando quanto custaria um PS1 hoje, saiba que é possível encontrar. Mas, por ser raridade, virou item de colecionador, o que significa que o preço está um pouco alto. 

Uma opção é o  PS1 Classic, uma opção “retrô” que são consoles réplicas com 20 jogos famosos na memória. 


Um Playstation 1 original (usado) varia de preço. Depende do estado do console, se está com todas as peças e funcionando corretamente. Em bom estado custa entre 400 e 800 reais.


Curiosidades do mundo dos Games: 


Nintendo Play Station:

Antes da Sony entrar com tudo na fabricação de consoles, quase tivemos o “Nintendo Play Station” no mercado. Fruto de uma parceria entre Sony e Nintendo que não deu certo. O Nintendo Play Station foi um protótipo que consistia em um leitor de CD-ROM anexável ao Super Nintendo, transformando-o em um console híbrido que poderia suportar tanto os clássicos cartuchos quanto mídias em CD. 



O protótipo não foi produzido comercialmente e a parceria entre Nintendo e Sony foi desfeita por questões comerciais. Porém a Sony decidiu dar continuidade ao seu projeto e “transformou” o protótipo em um console, isto foi o estopim para a origem do PlayStation que conhecemos hoje.


Net Yarzone:

A Sony desenvolveu e comercializou poucas unidades do Net Yarzone (ou PS Black Edition). Uma versão do console PlayStation voltado para desenvolvedores “caseiros” em que o desenvolvedor, após criar o seu jogo usando um PC e um Kit de desenvolvimento da Sony, poderia testar o jogo recém desenvolvido no console Net Yarzone. Considerado relíquia entre os colecionadores de games, o valor deste console pode facilmente ultrapassar $1.500,00. (dólares!!!)




Crash Bandicoot é o mascote da PlayStation?

Há quem acredite que sim. O Crash Bandicoot é um mascote “não oficial” que caiu no gosto dos fãs da marca PlayStation. Mas o famoso masurpial australiano, que pretendia ser como o Mario é para a Nintendo e o Sonic para a Sega, nunca foi oficializado pela Sony.



Dica para colecionadores e apaixonados por games!

Indico pra quem tiver curiosidade o livro "História Ilustrada dos consoles".

O PlayStation 5, lançamento mais recente da marca esgotou logo após o lançamento e está bem difícil de encontrar. Para quem se contentar com o PS4, vou deixar o link aqui também. Vai que... Ver Playstation 4.


segunda-feira, dezembro 07, 2020

Guia de leitura para ler Isaac Asimov

Tem ordem certa para ler os livros de Asimov? Por conta de alterações feitas pelo Isaac Asimov em sua obra, existe uma ordem recomendada para ler a Saga dos robôs e os livros da Fundação. É claro que você não precisa ser tão rigorosa, eu mesma não fui. Mas, é legal ter essa ordem em mente para compreender a genialidade do autor em suas criações. 





E a experiência fica muito melhor (na minha opinião), se você seguir a ordem cronológica para ler as histórias de robôs e depois a saga do Império Galático, pra depois ler a Fundação, porque Isaac Asimov orquestrou esses livros para unir os seus universos e, por isso, um vira consequência do outro, então... eu seguiria a ordem de leitura proposta pelo autor.

Caso já tenha decidido começar pela Fundação, fiz um post específico com a ordem de leitura mais recomendada para essa Saga: Fundação: Qual a ordem certa de leitura.


O fim da eternidade, e o princípio de tudo!

Tudo começa com a história que vai permitir à conquista do universo pela humanidade.

O autor não adicionou "O fim da eternidade" à lista, mas eu recomendo, porque é essa história que torna todo o resto possível. Leia e entenderás. heheh

Ela parece bem desconectada de tudo, mas tem uma questão ou duas neste livro que são fundamentais. Uma delas inclusive é citada em Limites da Fundação. Então, sim, recomendo começar por ele, ou ler antes dos livros sobre o Império Galático.

Sem falar que é uma história sobre o viagem no tempo, uma das mais inteligentes que já li. 

Apenas leia!


Essa é a ordem correta para ler os livros do Asimov:

A lista abaixo está na ordem indicada na "Nota do autor" no livro "Prelúdio à Fundação" publicado pela Aleph, 2013. 


Começando pelo universo dos Robôs com os contos

Há muitos livros de contos, e histórias curtas sobre robôs do Asimov. Você não precisa ler todos eles, mas alguns contos, vão dar vislumbres de toda a saga e são, por isso, mais interessantes. 

1 - Eu, Robô (1950)

Livro de contos mais fácil de achar no Brasil, no qual temos contato com diversas histórias de robôs, que dão uma prévia para os romances que virão a seguir explorando muito bem essa temática. Se não quiser procurar, comprar e ler outros livros de contos, esse vai dar conta de introduzir a temática para seguir lendo a saga.


2 - The complete robot (1982)

Livro que reúne 31 contos de robôs, incluindo os que estão no livro "Eu, Robô". Esse livrão de 31 contos pode ser encontrado por aqui. Ele foi publicado no Brasil como "Nós, Robôs" teve pelo menos 3 edições diferentes na década de 80 (correção enviada por um leitor aqui do blog, obrigada Araí RNL). dá pra considerar a lista a seguir como o guia de leitura de Asimov para "Brasileiros". Para quem lê em inglês, tem a edição importada na Amazon, veja aqui.


3 - Imagem no Espelho (1986)

Em sebos você pode encontrar esse livro publicado pela Record (1994) com o título "Visões de Robô". Nele tem um conto de um robô que vê o futuro, um dos mais legais que já li.


4 - As Cavernas de Aço (1954)

O primeiro livro/romance de robôs escrito por Isaac Asimov. Apresenta um novo cenário em que terráqueos odeiam robôs e há uma série de planetas habitados por humanos que dependem de serviços dos robôs.

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5 - O Sol Desvelado (1957)

Os protagonistas de "As cavernas de aço" voltam para desvendar um novo crime, agora num dos planetas dos siderais.



6 - Robôs da Alvorada (1983)

Um novo crime nos planetas siderais, agora mais inusitado, leva os protagonistas a mais uma investigação. Aqui começam a surgir mudanças nesse universo, que possibilita o avanço da humanidade pela galáxia.



7 - Robôs e o Império (1985)

Este livro pode ser encontrado em sebos, ainda não tem publicação atualizada pela Aleph. Nele Asimov começa a preparar o universo para a chegada do Império e a Fundação. O quarto livro da série foi lançado junto com uma nova edição dos anteriores, uma capa nova, mas é possível encontrar uma edição especial que dá continuidade à primeira coleção, que tem a capa preta (minha favorita). 

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8 - As Correntes do Espaço (The currentes of space, 1952)

Este livro marca a "estreia" da saga do império galático. Também só está disponível no Brasil em edições dos anos 80, em sebos, e agora também foi lançado pela Aleph, que completou finalmente, essa trilogia que fica "oficialmente" entre a Saga dos Robôs e a da Fundação. E coloco oficialmente entre aspas porque ele não tem ligação direta com essas sagas. Pode ser lido a qualquer tempo que não vai fazer muita diferença. Está aqui no meio só porque mostra desdobramentos do domínio da galáxia, Trantor e como anda a organização social nesse período.

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9 - Poeira de estrelas (The stars, like dust, 1951)

Outro livro do "Box Império Galático", assim como "As correntes do espaço" não está diretamente ligado às sagas da Fundação e Robôs. Neste o império sequer é citado, a Terra ainda faz parte do universo literário de Asimov. Não é meu favorito, mas... é interessante.


10 - Pedra no céu (Pebble in the Sky, 1950)

Mesmo sem muita conexão com o Império como o conhecemos em Fundação, "Pedra no céu" é, entre esses três, o que mais gosto, e o que mais me remete ao ambiente da Fundação, fazendo o link também com a série dos robôs. Nele temos nosso último contatato com a Terra, chega a dar uma saudade do nosso planetinha.

[Resenha da Trilogia Completa[Compre o box na Amazon com o meu link]


11 - Prelúdio à Fundação (1988) 

Este é o primeiro livro que fala da Fundação. É bem interessante ler ele antes da trilogia. Porque, embora a trilogia tenha sido publicada primeiro, neste acompahamos o surgimento dela, assim chegamos mais cientes do que estava acontecendo quando começamos a ler a Trilogia da Fundação.


12 - Origens da Fundação (1993) 

Este livro não está listado pelo autor na ordem de leitura da saga, mas, ele descreve eventos pós "prelúdio" anteriores à Trilogia da Fundação. Logo, essa é a melhor posição para quem pretende ler na ordem cronológica.

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A famosa Trilogia da Fundação 




13 - Fundação (1951)

Primeiro livro da Trilogia da Fundação. Que é uma reunião de contos, com espaço de tempo bem grande entre um evento e outro. É um dos motivos pelo qual é interessante não começar por aqui. Pode ser confuso ou insuficiente para quem gosta de detalhes.

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14 - Fundação e Império (1952)

O segundo livro da trilogia é o melhor deles, empolga muito, entrega bastante ação, criatividade, personagens intrigantes. Ainda é superficial sobre o que "sustenta" a fundação, por isso, ainda que separadamente seja ótimo, recomendo ler na ordem certa.

15 - Segunda Fundação (1953)

O terceiro livro da série pega um pouco do que teve de bom no livro anterior, mas uma vez encerrada a trama iniciada lá, volta a ser sobre disputas de poder e diálogos intermináveis e chato. Falta a referência do que realmente importa e que está nos livros anteriores a trilogia. A chance de alguém odiar Fundação começando pela trilogia é imensa. 


16 - Limites da Fundação (1982)

Quem começou lendo "O fim da eternidade", passou pela saga dos robôs, depois trilogia do Império Galáctico, prequels e trilogia da Fundação, chega em "Limites da Fundação" meio cansado, e a sensação que se tem é que Asimov sabia disso. O que ele faz nesse livro é de deixar qualquer leitora emocionada. Ele inicia uma jornada que revisita todos os acontecimentos, relembra personagens e é um carinho em quem se propôs a ler tudo que o Divo Asimov escreveu. 

17 - Fundação e a Terra (1983)

O último livro dessa saga, assim como "Limites..." é um reencontro com o que já foi lido até aqui, mas vai além, trazendo uma reflexão sobre tudo. Isaac Asimov tinha uma visão muito boa sobre o futuro e sobre a humanidade, e nesse livro ele nos apresenta possibilidades, caminhos, resoluções. É lindo, triste, nostalgico. E tem um PLUS maravilhoso que só vai valer a pena e ser entendido, se você ler na ordem indicada pelo autor, listada neste post. 

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Ler Asimov na ordem de publicação ou cronológica?

E este é o guia de leitura que EU considero ideal para a obra de Isaac Asimov. Apesar de ter lido A saga dos robôs, depois a Trilogia da Fundação e só então voltar pra ler os demais livros. O que funciona, as sagas são independentes. Mas, ao fazer isso eu percebi que a experiência teria sido mais interessante se feita na ordem sugerida pelo Asimov.

Eu não sei porque a editora brasileira insiste em empurrar a Trilogia da Fundação como se fosse a primeira, e sequer expõe publicamente que existe essa ordem, ainda que esta nota do autor esteja publicada nos livros "extras" da Fundação. Muita gente só descobre isso depois que já começou a ler os livros dele, ou quando vai pesquisar. Acho um des-serviço. 

Há também quem comece pela saga da Fundação e depois volte para ler a Saga dos Robôs. Funciona também. O problema maior, a meu ver, é colocar os livros de uma saga ou de outra fora da ordem cronológica.

Porém, cada um é dono do seu nariz e das suas leituras, então podem ler como acharem mais interessante. A dica principal aqui é LEIA ASIMOV, porque seu legado para a Ficção Científica é maravilhoso e scifer (fãs de sci-fi) algum neste mundo deveria negligenciá-lo.


Uma última dica, se me permitem!

Para quem se interessou pelos livros e está pensando em ler. Tem uma forma bem econômica para não precisar comprar todos eles. Os livros, O fim da eternidade, A Fundação e As cavernas de aço estão no catálogo do Kindle Ulimited.

Para quem não conhece, o Kindle Unlimited é um programa de assinaturas com mais de um milhão de ebooks disponíveis para ler de graça. Você tem os 30 primeiros dias gratuitos e depois paga apenas R$19,90 por mês para ler quantos livros quiser.

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E fica ligado nas promoções da Amazon, pois volta e meia eles fazem uma promoção em que você paga R$1,99 por três meses de Kindle Unlimited. Vale muito a pena!

=P



quinta-feira, novembro 05, 2020

The Killers está de volta ao Indie Rock

 Depois de um álbum que nem citei por aqui, o famigerado Wonderful Wonderful (2017), The Killers está de volta ao cenário Indie Rock de onde nunca deveria ter saído com o perfeito Imploding the Mirage.



E para quem acha que estou me referindo ao "underground", não é sobre mídia e sucesso que me refiro e sim ao estilo Indie Rock. Se quiser entender melhor, respondi nesse outro post O que é Indie Rock?

Mas, é do álbum novo e de música boa que quero falar hoje. Se quiser já colocar o Implodind the Mirage pra ouvir enquando falo sobre ele, é só clicar aqui.


Implodind the Mirage faixa a faixa


1 - My Own Soul’s Warning

Essa faixa ainda tem um pouco do POP que vimos no álbum anterior. Mas, tem uma atmosfera mais indie, guitarra e baixo bem presentes, além do tecladinho tão próprio da banda. E me fez lembrar muito o Battle Born. Um disco que gostei demais.

Gostei muito do vocal. Brandon voltou em plena forma, um pouquinho de eco e o rouquinho que se ouvia nos primeiros álbuns. 


2- Blowback

Quase uma baladinha, baixo e guitarra fortes. Achei muito a cara de Battle Born (de novo), gostei. E um destaque especial para a letra dessa música que fico pensando, pensando e pensando...


Born into poor white trash and always typecast

But she's gonna break out, boy, you'd better know that

It's just a matter of time

She fights back

Breathing in the blowback


3- Dying Breed

Mais uma com uma pegada pop anos 80. Tem um refrão meio chiclete, e eu gosto, o que eu posso fazer? É daquele tipo de música que vai crescendo, aumentando ritmo, ficando mais intensa. Os vocais estão perfeitos. 


4- Caution

Caution foi o single de lançamento do álbum. Ele está bem conectado com o álbum anterior. Porém, já mostra como vai ser esse novo álbum. Tem muito estilo comercial, refrão chiclete e tecladinho. Não é ruim, só não é a minha preferida.


5- Lightning Fields (Feat. K.D. Lang)

Acho que a música mais pop do álbum, mas um pop com um pé no indie, meio eletrônico. Tem vocais muito legais, essa participação da KD Lang é de arrepiar.


6- Fire In Bone

Uma música que tem um ritmo empolgante, baixo presente do início ao fim. Ela lembra as músicas do Wonderful Wonderful, mas numa versão melhor. O refrão é muito legal!

 

7- Running Towards A Place

Vocês têm que assistir eles tocando essa música ao vivo. Eu adoro tudo nessa música, especialmente o Brandon Flowers. hahaha

Ah! Bem estanho ver The Killers sem a sua formação completa, original e perfeita. O baixista, Mark Stoemer, e o Guitarrista, Dave Keuning, andam afastados, não querem mais sair em turnê. O guitarrista sequer posou pra capa de Wonderful Wonderful. Mas, não há qualquer indicação de que tenham saído da banda. Parece que é só um tempo. 



Nessa apresentação do Pandora Live está a formação atual. Quem toca com eles é o guitarrista (antes de apoio) Ted Sablay, que é muito bom. E o baixo está com o Jake Blanton, que já tinha tocado no lugar do Mark Stoemer no período que esse esteve com problemas de coluna e se afastou dos palcos.


8- My God (Feat. Weyes Blood)

Uma música dramática do jeito que eu adoro. Os vocais, como em todas as demais músicas, está incrível. Ela tem uma pegada indie eletrônica, um pouco fantástica (não me pergunte o que isso quer dizer!), um ritmo muito bom. 

Fiquei muito curiosa pra ver eles tocando My God ao vivo. Tenho certeza que vai ser impressionante!


9- When The Dreams Run Dry

Essa é bem diferentona. Assim como Dry Breed vai crescendo, mas com altos e baixos, coro e vocais impressionantes. Se esse é o novo The Killers, eu gosto.


10- Imploding The Mirage

A música de dá título ao álbum é a última, encerrando esse passeio pelo indie rock pop moderno e vintage. É pop, com um embalinho bom pra dançar. É outra que deve funcionar muito bem ao vivo.


Opinião definitiva sobre Imploding the Mirage do The Killers?


Como vocês podem ver eu gostei bastante de Imploding the Mirage. Depois de Wonderful Wonderful eu tinha parado de ouvir, mas esse álbum me trouxe de volta pro clube dos Victim od The Killers.


O álbum está disponível em todas as plataformas de música Spotify, Deezer, Youtube. A pena que o álbum fisico não tem um preço muito acessível, acredito que o citado abaixo seja importado. 
 

segunda-feira, junho 22, 2020

A Trilogia do Spraw de William Gibson

A obra de William Gibson praticamente inaugura o termo Cyberpunk, um sub gênero de Ficção Científica, quando este era praticamente desconhecido.



Para se ter uma ideia, nem o autor sabia se era esse gênero mesmo que ele tinha escrito. Publicado em 1984, o primeiro livro da trilogia, Neuromancer, tem uma linguagem suja e cheia de termos e jargões próprios. Trata-se de uma distopia futurista que antevê, de modo muito preciso, vários aspectos fundamentais da sociedade atual e de sua relação com a tecnologia.

Quem é William Gibson?

Gibson cunhou o termo “ciberespaço”, em seu conto Burning Chrome e posteriormente popularizou o conceito em seu romance de estréia e obra mais conhecida, Neuromancer, que é o primeiro volume da aclamada trilogia Sprawl.

O autor idealizou o que conhecemos como ciberespaço como conhecemos hoje (isso explica porque conheci ele em uma disciplina de cibercultura), idealizou ambientes virtuais utilizados em games, e seus conceitos e ideias influenciaram diretamente a trilogia cinematográfica Matrix, de autoria das Irmãs Wachowski. E este é outro bom motivo para ler Neuromancer: quem gosta de Matrix, precisa ler.

O que é o Sprawl?

Sprawl é nome da megacidade composta pela junção de todo o terreno urbano existente entre Boston e Atlanta, incluindo Nova York e Washington, nos Estados Unidos. Por isso, também é conhecido pelo nome de BAMA (Boston-Atlanta Metropolitan Axis, ou seja, Eixo Metropolitano Boston-Atlanta), embora esse termo nunca seja usado na obra.

Essa informação está no glossário que encontrei nas últimas páginas dos livros. Além dela, várias outras palavras estão explicadas lá para assustar facilitar a vida dos leitores. Eu não tenho muita paciência para ler notas e glossários, mesmo assim me saí bem na leitura. A gente aprende o que é cada coisa ao longo da estória.

A “trilogia do Sprawl” é, portanto, o nome dado ao conjunto de três livros, desse box lindo da Aleph: Neuromancer, Count Zero e Monalisa Overdrive. Histórias diferentes, praticamente independentes, todas acontecendo no universo criado por Gibson. Uma distopia futurista que reúne boa parte do que vemos até hoje em filmes, séries e livros de ficção científica.

A primeira coisa que se precisa entender ao mergulhar nesse universo, é que o início vai ser meio truncado até ajustar as ideias e passar a compreende-lo melhor. Vale dizer que não se tratam de livros mal escritos, mas escritos de uma forma diferente, sobre coisas com as quais não estamos habituados. E quem curte ficção científica, não tem como não gostar.

É um desafio e tanto imaginar todo o universo que ele constrói ao longo das histórias. Tudo é novo, diferente e tem nomes próprios. Nem a organização das cidades do mundo são as mesmas. O dinheiro quase não existe fisicamente. Aliás, é um crime literalmente usar dinheiro em espécie. E se isso é difícil de conceber para quem vive em 2017, imagine o que foi o lançamento desse livro nos anos 80? Isso é o que torna essa obra única!


Sinopse de Neuromancer [resenha]

Livro NeuromancerNeuromancer conta a história de Case, um cowboy do ciberespaço e hacker da Matrix. Como punição por tentar enganar os patrões, seu sistema nervoso foi contaminado por uma toxina que o impede de entrar no mundo virtual. Agora, ele vaga pelos subúrbios de Tóquio, cometendo pequenos crimes para sobreviver, e acaba se envolvendo em uma jornada que mudará para sempre o mundo e a percepção da realidade. Evoluindo de Blade Runner e antecipando Matrix, Neuromancer é o romance de estreia de William Gibson. Foi o primeiro livro a ganhar a chamada “tríplice coroa da ficção científica”: os prestigiados prêmios Hugo, Nebula e Philip K. Dick.

Sinopse de Count Zero

Algo estranho acontece no ciberespaço. Sete anos após os eventos narrados em Neuromancer, a matrix se estende sobre a Terra, envolvendo pessoas, empresas e informações. Sem qualquer controle, inúmeras Inteligências Artificiais se proliferam e se tornam sencientes, transformando-se em deuses vodus. Eles interagem com a humanidade e ameaçam a segurança de indivíduos e de grandes corporações. Nesse cenário frenético e superconectado, uma guerra está prestes a começar.

Sinopse de Monalisa Overdrive

As Inteligências Artificiais assombram a matrix. O ciberespaço, essa espécie de alucinação coletiva, está cada vez mais perigoso. As Inteligências Artificiais atingiram a autoconsciência e dividem esse espaço com os mais inusitados personagens, movidos por interesses diversos e intenções nem sempre lícitas. Nesse cenário, três diferentes histórias se entrelaçam e trazem o leitor de volta para o universo de Neuromacer, em uma última e impactante aventura.


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