segunda-feira, março 26, 2007

Quanto tempo? (um apanhado do fim de semana)

Não sei, mas um bom tempo se passou, desde que eu assisti aquele show do Nenhum de Nós com o meu bom e velho all star azul. Aquele que a minha querida irmã (a preferida) tratou de modificar quando saí de casa e o deixei lá.

Naquela ocasião, a do show, estava passando por momentos bem difíceis e o show do Nenhum foi uma trégua nos conflitos dentro da minha cabeça, apesar de eu não tê-lo assistido por completo, visto que nessa mesma data e horário estavam a minha espera para uma reunião familiar, aniversário do membro mais jovem da família, aniversário da Isabela. Os dias eram tão confusos, que nem lembro em que dia foi celebrado, menos ainda se era a comemoração do primeiro ou segundo aninho de vida dela.

Enfim... Nessa data tomei uma decisão muito importante, era chegada a hora de abandonar o bom e velho amigo e comprar um all star novo, sim, por que o estado dele já estava deplorável e, depois de um show no meio do barro, bom, a situação só fez piorar. Tinha medo de lavá-lo e vê-lo se desmanchar na minha frente... Não! Isso não poderia acontecer. Foi então que comprei um par novinho em folha.

Passaram-se uns três anos, acredito eu, e mais um bom amigo, companheiro de todas as horas pede férias! Como é difícil aceitar isso. Pois bem! Eis que estava prestes a me decidir quando surge um show do Nenhum de Nós, novamente em praça pública.

As confusões na minha cabeça deram lugar a certezas nesse tempo que se passou. A cada dia fui descobrindo coisas novas em mim “e nas coisas ao meu redor”. O que sei a meu respeito hoje, não é muito diferente do que sabia antes, mas as certezas que adquiri nesse tempo, tornaram-me uma pessoa ainda mais difícil de se aceitar. Difícil, não impossível. E tenho me saído bem, tenho me aceitado bem.

Difícil está sendo deparar-me com tanta contradição, contrastes e ver tudo o que eu queria acontecendo exatamente como eu previ para a minha pobre vida. Se por um lado estou inflada de tanto orgulho próprio, por outro estou descobrindo que esse caminho é belo e perfeito, mas que sinto muito pelo preço que tenho de pagar por ele.

Pelo menos o all star novo não vai custar mais do R$60,00 que, divido em 5 prestações quase nem vai fazer muita diferença no meu orçamento. Basta que eu continue correndo para ganhar dinheiro e gastá-lo logo em seguida.

Mundo capitalista, selvagem, pessoas cruéis. Que não fazem nada mais do que pensar no seu próprio umbigo, julgar as pessoas por elas mesmas e acreditar que o Big Brother é uma ótima maneira de conhecer as pessoas: “é interessante ver as máscaras caindo e a forma como se engalfinham pelo dinheiro”.

Tsi-tsi! Como se isso não acontecesse o tempo todo a nossa volta, não precisa pensar muito pra lembrar de alguém que disse uma coisa e fez outra quando lhe era conveniente, quando se tinha alguma coisa que lhe valesse para alcançar um objetivo, por mais ridículo e insensato que este fosse.

Mas, o que estou fazendo?? Esse post era para ser sobre o Show, que tanto me encantou, que tanto me encanta... Que banda!

Acredito cegamente que a trilha sonora ajude ou atrapalhe nossas idéias, ontem “Wish you where here”, hoje “Echoes”. Só pode ser! Ou talvez tenha sido mais um fim de semana vazio. Sim, isso sempre me incomoda bastante.

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