domingo, agosto 09, 2015

Doctor Who, a série clássica!

Estreando aqui no blog, Doctor Who! (emocionada de finalmente poder falar sobre sobre essa série que já faz parte da minha vida). Esperei terminar de assistir as primeiras temporadas da série clássica, com o primeiro Doctor, interpretado pelo ator  (agora querido) William Hartnell. Fiz questão de esperar para falar com um pouco mais de propriedade dessa que é uma das séries mais importantes do mundo nerd, que tem um fandom de muito respeito.



Vamos começar pela estrela, William Hartnell, o primeiro Doctor. Brinquei ali sobre ele ser "agora querido" porque logo que comecei a assistir fiquei meio chocada. Os primeiros episódios da série clássica causam uma má impressão, principalmente para quem já assistiu a série moderna, devido a má qualidade das imagens e efeitos (óbvio, maravilhosos para época - 1963) e pela falta de profundidade da personagem.

Fica muito clara a construção e evolução gradual do "Doctor" ao longo dos episódios. Na primeira temporada falta ação, o Doctor é um velho meio dependente dos acompanhantes, ficando bem em segundo plano em algumas histórias. Mas, vai evoluindo e se tornando menos arrogante (em relação aos humanos pelo menos), porque no início o desprezo à inferioridade da raça humana é bem maior, depois parece que ele vai se afeiçoando, e começa a mostrar mais sentimentos pelos acompanhantes.


Aliás, se hoje os acompanhantes pensam em viajar com ele para sempre, naquela época não era bem assim. Eles ficam "presos" devido à falta de controle de onde a T.A.R.D.I.S vai pousar, em princípio, depois se afeiçoam ao Doctor, às aventuras. Mas, todos acabam abandonando a vida de viajantes do tempo, por inúmeros motivos. E isso inclui a Neta do Doctor, Susan Foreman, que atrai seus professores terráqueos, Barbara Wright e Ian Chesterton, pra essa "vida" e depois acaba deixando-os com seu avô.

O tempo que Barbara e Ian ficam na série é muito bom, e deu peninha na despedida. Depois deles é um entra e saí de acompanhantes, quase sempre um casal (pelo menos), o que difere bastante da série atual, onde quase sempre é uma menina - apenas. Esse troca-troca não permite que a gente se apaixone por eles, assim o Doctor e a sua T.A.R.D.I.S são a única constante na série.

O que é muito divertido na série clássica é o improviso e as soluções encontradas para contar histórias tão fantásticas e criativas com tão poucos recursos. Os inimigos, as naves, as materializações da T.A.R.D.I.S e cenas de ação, são bem bizarras (quase sempre) e, quando aceitamos isso, a diversão aumenta. Importante, porque até a terceira temporada do primeiro Doctor, pouco se tem de humor (inacreditável, né?). Mas é isso mesmo, as aventuras são mais dramáticas, com mais ou menos ação, mas pouco do humor que vemos atualmente. Tem algumas situações irônicas, mas não muitas.

Eu cheguei a registrar no Vine alguns dos momentos mais engraçados do 1º Doctor e, embora sejam poucos, é legal que são mesmo engraçados. Ainda mais se for comparar com toda a história recente.


O que chama muito a atenção nesses primeiros passos do Senhor do Tempo é a falta de controle da T.A.R.D.I.S. Além de não mudar mais a forma, eternizando-se na charmosa Blue Police Box, a queridinha tem uma peça quebrada e não regula mais onde ou quando pousar. Mesmo quando ele encontra outro Time Lord (olha os Spoilers), e encontra outra T.A.R.D.I.S e rouba a tal peça para substituição, o problema persiste ao longo das temporadas.

E isso está mesmo me intrigando, ando bem curiosa pra saber quando ele vai arrumar a T.A.R.D.I.S como vemos nas séries atuais, fuçando em tudo. É claro que, mesmo hoje em dia, a T.A.R.D.I.S tem vontade própria, levando o Doctor para onde ela acha que ele tem que ir, e não pra onde ele deseja, mas... Ele tem um certo controle, e muitas vezes coincide o lugar em que ele chega com o de onde quer chegar.

Logo que comecei a assistir a série clássica pensei que seria uma tortura. E persisti para entender melhor a série moderna, e também pra passar o tempo enquanto não chega a nova temporada. Feliz engano! As histórias prendem a nossa atenção e são envolventes porque se nota situações que são citadas pelos novos Doctors, e também pra ver a origem de alguns inimigos.

Os primeiros Daleks, Cybermens, tudo tão rudimentar e já tão bizarros. É muito legal ver que os escritores atuais conseguem mostrar uma continuidade (não discrepante) daquilo que foi criado nos anos 60. Isso faz com que o meu fanatismo pela série aumente, mais e mais.

Só que hoje terminei as temporadas com o 1º Doctor, e já senti um descontentamento com o segundo. Nem assisti ainda, mas estou com saudade do William Hartnell - ele é muito carismático. Aliás, percebi algumas semelhanças entre o 1º e o 11º, a forma como movimenta as mãos e se movimenta em cena - não sei bem. Até passei a respeitar um pouco mais o Matt Smith, embora ele não seja o meu favorito.

Ao terminar essa primeira etapa, fica a expectativa sobre o que mais vou descobrir nas próximas aventuras, com os novos Doctors, até o , onde eu comecei.  E agora devo falar mais sobre isso por aqui - pra evidenciar um pouco mais a minha nerdice! :P


Aqui deixo um pouco do 1º Doctor, pra quem ainda não assistiu, ou quer matar as saudades!



Ah! Quase me esqueço. Quem quiser assistir, pode baixar dá série clássica no Universo Who, o melhor que encontrei até agora para recuperar essas relíquias! ;)

E se quiser saber mais sobre a série, tem esse documentário incrível da BBC: 

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